quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

notas finais

oi
eis as notas das pessoas que fizeram prova final no último dia 15 de dezembro

A primeira nota é a nota da prova final e a segunda é da média final, segundo os cálculos exigidos pela UFBA.

Alexandre - 4,0 - 5,0 (aprovado)
Antônio - 4,5 - 5,7 (idem)
Everaldo - 3,5 - 3,3 (reprovado)
Lorene - 5,5 - 4,1 (reprovada)
Romilson - 7,0 - 5,8 (aprovado)
Sérgio - 10,0 - 5,0 (aprovado)

Boas férias
abrs, leandro

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

notas finais turma quinta

Ana - 7,2
Andrea - 7,5
Danilo - 8,0
Deyse - Reprovada por faltas
Eduardo - 1,0
Jenny - 8,2
Lorene - 3,2
Mário - 7,0
Niara - 8,7
Rafael - 3,2
Regina - 10,0
Renilton - 8,2
Tassyane - reprovada por faltas
Thiago - 9,5
Victor - 7,2

Prova final dia 15, às 18h30, na sala 205 do PAF 3.
estudar todos os textos obrigatórios

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Notas finais de quarta

Alexandre - 5,7
Amine - 8,0
Ana - 8,2
Antonio - 6,2
Carla - 8,7
Claudionor - 7,0
Danuza - 9,0
David - 8,0
Elaine - reprovada por faltas
Elisabete - 7,5
Everaldo - 3,2
Israel - 9,2
Jeferson - reprovado por faltas
João - reprovado por faltas
Laura - 7,0
Leonardo - 9,2
Maisa - 9,5
Miguel - 2,0
Paulo - 7,0
Ravi - 2,7
Rodrigo - 9,5
Romilson - 5,0
Sérgio - 1,2
Uilma - 7,0
Vanessa - 7,0

Prova final dia 15 de dezembro, sala 205, às 18h30min.
Todo conteúdo

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

avisos

pessoas

nessa semana entregaremos todos os trabalhos corrigidos

na quarta todos deverão apresentar os seus trabalhos. a parte escrita e as memórias foram corrigidas.

na quinta, entrego a parte escrita dos trabalhos e encerramos as apresentações também.

abrs

domingo, 7 de novembro de 2010

aviso urgente pessoal de quarta

oi pessoas, tudo bem?

na quarta-feira teremos aula. soube agora que poderemos usar a nossa sala.

a aula ficará apenas para orientação dos trabalhos

leiam mensagem anterior com algumas dicas

abrs e bom domingo

leandro

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre os trabalhos finais

Oi pessoas, tudo bem?

Ontem comecei a orientação geral dos trabalhos finais do nosso componente e fiquei um pouco assustado com grau de preocupação e desenvolvimento dos trabalhos. Alguns alunos sequer sabiam sobre qual será o tema dos seus trabalhos.

Fico assustado com isso (ainda, apesar de anos de profissão), pois desde o primeiro dia de aula eu avisei sobre esse trabalho e postei isso no nosso blog.

Todos sabiam, ou deveriam saber, que, no final do semestre, vcs devem apresentar uma análise cuidadosa sobre algum mal-estar da atualidade.

Mas vamos em frente, tentem recuperar o tempo perdido.

Na tentativa de ajudar, seguem algumas dicas metodológicas.

1) não basta ter apenas um tema geral para o trabalho, é preciso recortar o objeto: o que é isso? por exemplo: quero analisar o consumo de drogas, disse um aluno. O que seria um recorte para esse tema? é só fazer perguntas do tipo: vai analisar o consumo de qual tipo de droga? maconha, crack, álcool, anfetaminas?
vai analisar o consumo feito por quem? estudantes, moradores de rua, empresários, frequentadores de uma rave?

2) definido o recorte do trabalho, vc precisa criar os objetivos do trabalho: o que pretende descobrir nesse trabalho? o que pretende analisar? o que pretende concluir? quais são as suas hipóteses (ou hipótese) sobre o trabalho? Depois, na conclusão, o trabalho deverá dizer se as hipóteses e objetivos foram ou não comprovados e alcançados.

3) depois de definir o tema, recorte e objetivos, é hora de definir qual a metodologia que vc vai utilizar para tentar alcançar os objetivos. Ou seja, que caminho vc vai trilhar, que estratégias/métodos vai usar para realizar o trabalho proposto?
vai entrevistar pessoas (no caso consumidoras de drogas)? como serão essas entrevistas (em profundidade com poucas pessoas, rápidas com várias pessoas, com perguntas previamente definidas ou não)?.
além das entrevistas, vai ser também pesquisador participante (aquele que não só entrevista mais observa as pessoas - nesse caso - do seu objeto?
vai fazer um pequeno levantamento bibliográfico sobre o que outros pesquisadores já fizeram? (Todos devem fazer isso, pelo menos um pouco, por isso sugeri usar o sistema scielo de revistas acadêmicas na rede. Aqui é fundamental tentar usar o máximo possível dos textos e discussões realizadas durante o semestre em nosso componente).
Vai analisar algum produto artístico ou da indústria cultural que trata dessa questão do seu objeto?

Feito isso, é hora de se jogar no trabalho e depois produzir o texto final a ser entregue conforme nosso calendário.

Os trabalhos podem ser feitos em dupla ou individualmente.

O texto final vale até 8 pontos e a apresentação em sala vale até 2 pontos.

Não existe tamanho máximo ou mínimo para o texto final mas, apenas para explicar o seu tema (introdução), objetivos e metodologia, certamente, qualquer um já gasta algumas páginas, certo?

Na próxima quarta, dia 10, estarei em sala APENAS para orientar os trabalhos. Caso não pudermos usar a sala, podemos fazer isso no hall de entrada do IHAC. Os alunos de quinta também podem vir para solucionar dúvidas.

Os trabalhos prontos devem ser entregues dia 18 de novembro (alunos de quinta) e dia 24 de novembro (alunos de quarta). No dia de entrega o aluno deve apresentar os trabalhos para os colegas, que debaterão os trabalhos também.

Dúvidas também podem ser solucionadas através de e-mail: leandro.colling@gmail.com

Um abraço e ao trabalho.

Leandro

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

video maria rita

pessoas

eis o vídeo da maria rita kehl que veremos e discutiremos: http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/12/02/integra-aceleracao-e-depressao-maria-rita-kehl/

Novo cronograma de quintas

Conforme coloquei no quadro na aula passada, eis o novo cronograma das aulas de quinta-feira

Novembro
4 - exibição e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, entrega das memória e acompanhamento/orientação dos trabalhos
11 - não teremos aula em função do uso do prédio pelo seminário de pesquisa da UFBA
18 - apresentação dos trabalhos
25 - sem aula, Leandro e Tess estarão no congresso da Abeh, em Natal

Dezembro
2 - entrega das notas e avaliação do semestre
9 - prova final

Na Folha de S. Paulo de hoje - tem o mesmo assunto no Correio e de hoje

São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010 
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Laerte está nuDesde 2009, o cartunista resolveu se vestir e se maquiar como mulher; amigos fingem que nada mudou 

Carlos Cecconello/Folhapress
Laerte Coutinho, 59, em entrevista para a Folha, na segunda-feira

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO 

Exatamente como na fábula do rei nu, Laerte anda por aí, todos percebem que há algo estranho (errado? diferente? bizarro?) com sua roupa, mas ninguém se manifesta.
Pela frente, ninguém fala nada. Quando ele(a) vira as costas, porém, os amigos e conhecidos se entreolham estarrecidos. "Será que endoidou?", se perguntam.
Mas, diferentemente do rei, Laerte não está nu. Está vestido de mulher.
Quase sexagenário, o cartunista da Folha Laerte Coutinho decidiu dar vazão à sua feminilidade.
No feriado, um amigo antigo foi à sua casa, no Butantã. "Eu estava de saia. E olha que não era uma saia austera, como uma jeans (risos)."
"Era uma saia indiana, cheia de babadinhos. Eu tinha acabado de fazer a unha. Ficamos conversando. Acho que ele não é uma pessoa que se incomoda com isso, mas talvez tivesse uma pergunta presa na garganta."
E que pergunta era essa, Laerte? "Acho que era: "Será que ele está batendo bem?". Pois estou sim. Estou no completo controle de minhas faculdades mentais."

Laerte parte II

Acho possível sair na rua e ser aceita dessa maneira

CARTUNISTA EXPLICA QUE SEMPRE TEVE VONTADE DE SE VESTIR COMO MULHER E QUE O PRAZER "É VOCÊ ESTAR LIVRE DOS CÓDIGOS"

DE SÃO PAULO

De salto médio, meias coloridas, maquiagem leve e namorada a tiracolo, Laerte chega para dar entrevista à Folha sobre seu novo estilo de vida. Confira. (IVAN FINOTTI)

Folha - Diversas possibilidades para a mudança do seu estilo de vida passam pela cabeça. A primeira delas é que você pirou, um processo que teria começado em 2005, com a morte de seu filho num acidente de carro, passou pelas tiras da Ilustrada, cada vez mais estranhas, e agora isso. Você está louco, Laerte? Laerte Coutinho - Eu não me sinto fora do eixo, fora do tom, fora de nada. Comecei a me aproximar do travestimento, ou "cross-dressing", em 2004. Interrompi -e a morte de meu filho tem um peso nisso- e retomei em 2009. Fiz a minha primeira montagem em 2009. Mas as coisas que se evidenciaram [em meu trabalho] a partir de 2005 já estavam ali, latentes, germinando em 2004.
Uma segunda possibilidade é que você se veste porque isso dá tesão.Não, não é um fetiche sexual. Não é, nem é um tema que me interessa agora. O travestimento é uma questão de gênero, não de sexo. São coisas independentes, autônomas, que nem o executivo e o legislativo. É um erro fazer essa mistura. "Ah, está vestido de mulher, então é viado." "Jogou bola, é macho." E eu que gostava de costurar e de jogar bola?
O que tenho feito é investigar essa parte de gênero. O que tenho descoberto é que isso é muito arraigado, essa cultura binária, essa divisão do mundo entre mulheres e homens é um dogma muito forte. Não se rompe isso facilmente. desafiar esses códigos perturba todo o ambiente ao redor de você.
Mas você é bissexual, certo?Sou.
E não há ligação entre isso e o "cross-dressing"?Não.
Você está fazendo isso para espantar o tédio?Não faço isso porque a vida está sem graça. O problema é a vida submetida a essa ditadura dos gêneros, a esses tabus que não podem ser quebrados. É você sentir que sua liberdade está sendo tolhida, que as possibilidades infinitas que você tem de expressão na vida, ao sair, ao se vestir, ao se manifestar, ao tratar as pessoas, seu modo, seu gestual, sua fala, tudo isso é cerceado e limitado por códigos muito fortes e muito restritos. Isso é uma coisa que me incomoda.
As pessoas aparentam normalidade e tentam não demonstrar um espanto, certo?Por uma razão: se demonstram espanto, estão ferindo um código de boa conduta intelectual. Demonstram que não são modernos, por exemplo.
E na rua?Quando eu estou na rua de saia e passa uma kombi e o cara faz "fiu-fiu" pra mim, ele não teve dificuldade nenhuma em fazer aquilo. E eu também recebo de forma muito clara.
Você dá pistas de que vai estar travestido quando vai encontrar uma pessoa que ainda não sabe?Existe uma tática, um modo de preparar um pouco. Vou na casa de uma pessoa que não conheço, não vou totalmente montado. Questão de bom senso.
Mas você pode ir de homem?Estou abolindo esses negócios.
Você pode ir sem maquiagem?Eu estou sem maquiagem. Ops, ah, não, estou com olho pintado! Mas posso, sim, ir sem maquiagem.
Como foi o Natal em família? Com vestido?Não, não. Só unha mesmo. Não estava nem de bolsa. Acho que foi mais mãos mesmo. Rolou um certo estranhamento com o cabelo. Esse corte feminino, feito pela [minha namorada] Tuca.
Avisou de alguma forma para se prepararem?Não, fui na louca.
E o Angeli? Você já encontrou o Angeli?Eu estou dando pra ele! (risos)
Ele vai adorar ler isso!(Risos) Brincadeira. O Angeli é uma beleza. Achou superlegal. O Angeli é um exemplo de que uma pessoa pode ser completamente hétero e legal.
Como você explica isso para as pessoas?É como se a vida tivesse me levado a essa circunstância e, quando eu me vi, percebi que aquilo representava uma busca pra mim. Foi mais ou menos isso que senti. Quando vi, comecei a fazer tiras do Hugo virando a Muriel.
O lema do Brazilian Crossdresser Club, do qual você faz parte, é "existimos pelo prazer de ser mulher". Que prazer é esse, Laerte?Eu não concordo muito com esse lema, porque é uma frase que procura construir uma certa fantasia que eu não partilho. Eu não vou ser mulher nunca. Mas acho que é possível sair na rua e ser aceita como uma pessoa que se veste daquela maneira, que se enfeita e se produz e se apresenta daquela maneira.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um pouco mais sobre a atualidade e as depressões



Quem tiver interesse em se aprofundar um pouco mais na discussão sobre a depressão na contemporaneidade e conhecer a obra de Maria Rita Kehl, psicanalista que ministra a palestra que assistiremos essa semana - Aceleração e Depressão -, pode começar lendo uma resenha de um de seus livros mais recentes: "O tempo e o cão - a atualidade das depressões (2009).

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mais uma dica

Um lindo texto sobre a obra do Foucault e o cuidado de si, sugerido pela Tess

Leiam aqui

aviso

pessoas

foi enviado para o mail humanidadesbi@gmail.com o texto em pdf que discutiremos nessa semana
a partir desse arquivo é possível imprimir
basta entrar no gmail
a senha é ufba2010

abrs

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aviso para turma de quarta

Oi pessoas, tudo?

Vários alunos e alunas da turma de quarta-feira pediram para transferir nossa aula dessa quarta, dia 27 de outubro, para o auditório do IHAC, onde teremos uma atividade sobre violência. Como a atividade tem tudo a ver com nossas discussões, nossa aula, portanto, será no auditório. Vejam a programação do evento em http://www.ihac.ufba.br/portugues/noticias/mesa-redonda-olhares-sobre-a-violencia/

Assim, nosso calendário ficará assim (vejam que não poderemos ter aula no dia 10 de novembro pq o prédio do paf 3 estará ocupado com o seminário de pesquisa da ufba

Novembro

dia 3 - discussão do texto Subjetividade: a (des) construção de um conceito, de Luciana Miranda


Dia 10 - sem aula, participação no seminário de pesquisa


Dia 17 - Apresentação e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, sobre depressão e ENTREGA DA SEGUNDA MEMÓRIA e orientação dos trabalhos finais.


Dia 24 - apresentação dos trabalhos e avaliação geral do componente

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

link próximo texto

oi pessoas, o texto dessa semana está no seguinte link: clique aqui

 Ler apenas o artigo Subjetividade: a (des) construção de um conceito, de Luciana Miranda

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Nosso colega na China

Prezados colegas, envio o link do blog do programa Multicultura da Educadora Fm que é o endereço onde estou posytando as informações da viagem à China.
Não pude enviar antes por que a conexão da internet aqui é muito ruim e sofre várias restrições. Às duras penas estou conseguindo mas não o tanto que gostaria, mesmo assim dá para acompanhar alguma coisa.

O link é: www.irdeb.ba.gov.br/multicultura/?cat=227

Abs, Mario)))

Sobre os "contingentes que vagueiam pelo mundo forçando as fronteiras dos países ricos"

Ban Ki-moon pede aos europeus mais tolerância com imigrantes

Portal Terra . 19 de outubro de 2010 • 15h08 • atualizado às 15h12

O secretário-geral da ONU Ban Ki-moon pediu aos europeus mais tolerância para com seus imigrantes, por ocasião do 60º aniversário da Convenção Europeia dos Direitos Humanos comemorado nesta terça-feira em Estrasburgo.

"O desafio europeu do século 21 é - após ter conquistado a paz no século passado - a tolerância interna", declarou.

O número um das Nações Unidas se expressou sobre o tema em dois discursos distintos, o primeiro no Conselho da Europa - organização pan-europeia que reúne 47 países - e o segundo na sede em Estrasburgo do Parlamento das 27 nações da UE.

Ele lamentou que a situação ainda não tenha melhorado desde a visita, em 2003, de seu antecessor aos deputados europeus. Kofi Annan havia lançado "um apelo exaltado para que a Europa aproveitasse o impulso proporcionado pela imigração e resistisse aos que demonizavam esses recém-chegados como ''os outros''".

"Uma tendência perigosa está surgindo: alguns brincam com o medo das pessoas", continuou, sendo aplaudido pelos deputados europeus.

"Eles acusam os imigrantes de violar os valores europeus, enquanto que muitas vezes são os próprios acusadores que subvertem esses valores, inclusive a própria ideia de cidadão da União Europeia".

"Os capítulos mais negros da história da Europa foram escritos com essa linguagem", comentou Ban, revelando que "hoje, os principais alvos são os imigrantes muçulmanos".

"A Europa não pode permitir estereótipos que fecham os espíritos e alimentam o ódio. E o mundo não pode permitir uma Europa que faz este tipo de coisa", completou.

Mais cedo, na sede do Conselho da Europa, o secretário-geral da ONU lamentou que uma "preocupação crescente" nos países desenvolvidos sirva de "pretexto a políticas de discriminação e exclusão".

"Em muitos países desenvolvidos, a imigração e a recessão econômica suscitam uma preocupação crescente, que cada vez mais serve de pretexto a políticas de discriminação e exclusão", afirmou.

Hoje, "o cisma entre o Leste e o Oeste foi substituído por uma ruptura cada vez mais acentuada entre Norte e Sul. Os direitos civis e políticos recuam, o engajamento em favor do direito ao desenvolvimento social e econômico não está em vigor".

"Quando falamos de direitos humanos, não deve haver seletividade", insistiu Ban.

O secretário-geral elogiou a iniciativa tomada pelo Conselho da Europa em marcar uma reunião "de alto nível" com a UE na quarta-feira, em Estrasburgo, para "discutir a integração dos ciganos na Europa".

AFP

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dicas para aulas dessa semana

oi pessoas

dois textos para compreender melhor o texto que discutiremos nessa semana em nossas aulas.

o primeiro é sobre jameson e o segundo sobre Giddens


http://www.heloisabuarquedehollanda.com.br/?p=589

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982007000200002

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vídeo e avisos

Oi pessoas

O vídeo do professor Benilton está em http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/12/02/integra-novas-fronteiras-da-subjetivacao-benilton-bezerra-jr-sao-paulo/

Existem mais vídeos da mesma palestra e do mesmo tema, mas o que vimos em aula é esse acima, ok?

Aviso: deixei na xerox de Letras os dois próximos textos que iremos discutir nas próximas semanas, conforme nosso cronograma

abrs

ainda pais e filhos

São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2010 
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CONTARDO CALLIGARIS 

"Eu Matei Minha Mãe"

Nos filhos, a vontade de ser autônomo, livre e rebelde convive com a de ser cuidado, amparado


AOS 17 anos, Xavier Dolan, canadense, escreveu o roteiro de "Eu Matei Minha Mãe". Logo, ele produziu, dirigiu e protagonizou o filme.
Apesar do sucesso em Cannes em 2009 (três prêmios na Quinzena de Realizadores) e na Mostra de Internacional de Cinema de São Paulo, "Eu Matei Minha Mãe" acaba de estrear em poucas salas e capitais.
Adolescentes e pais, apressem-se e não percam sob nenhum pretexto. Os pais mais corajosos deveriam assistir ao filme com os filhos, a experiência valerá algumas sessões de terapia de família e talvez resolverá conflitos cruentos e incompreensíveis numa saudável hilaridade coletiva.
O filme é prodigioso: não me lembro de ter lido ou visto um relato tão terno e, ao mesmo tempo, cruel (ou seja, tão autêntico) da mistura explosiva de amor-paixão e ódio letal entre um filho e sua mãe.
1) Hubert, o protagonista, filho de pais separados, vive com a mãe, enquanto o pai é pior que ausente: ele só aparece na hora de "disciplinar" o garoto. Mas que ninguém se sirva disso como pretexto para tirar o corpo fora: se Hubert vivesse com o pai, sua relação com o genitor seria tão ambivalente quanto o é com a mãe. Mesma coisa se os pais de Hubert não estivessem separados: a funcionalidade de uma família controla e esconde, mas não suprime a virulência dos afetos em jogo.
2) Alguns pais e adolescentes se reconhecerão no filme. Ótimo: eles se sentirão menos sozinhos. Com frequência, encontro uma espécie de vergonha da violência das emoções familiares e da incompreensão entre pais e filhos; muitos fazem de conta, encenam uma família leve e jocosa como uma propaganda de margarina e sofrem em silêncio, convencidos de que seu caso é extremo, patológico, se não único. Pois bem, não é só que as famílias margarina sejam chatas (isso, Tolstói já dizia), é que elas não existem.
3) Os pais e adolescentes que se reconhecerão na história de Hubert não precisam se desesperar. Lembrem-se: o filme é, em grande parte, autobiográfico, ou seja, aquela relação horrorosa entre mãe e filho não impediu que vingasse um jovem como Dolan, que tem sensibilidade e inteligência emocional para vender. Quanto à mãe de Dolan, aposto que, agora, com o filho ocupado em fazer filmes, ela deve estar namorando feliz e comprando casaquinhos, liquidações afora.
4) Alguns dirão: "Nossa família não tem nada a ver com isso, a gente se ama e se respeita, tranquilamente". Outros acrescentarão: "Nunca fui tão desrespeitoso com meus pais, nem em pensamento". Acredito. Mas repare que, em geral, as paixões parricidas da pré-adolescência e da adolescência são esquecidas na idade adulta. O filme de Dolan foi possível, justamente, porque foi escrito e filmado com Dolan ainda adolescente, antes da amnésia adulta.
5) A grande maioria dos adolescentes sente asco do corpo dos pais, acha nojento os pais comendo, bebendo, dormindo, beijando-se, respirando etc. Esse desgosto é bem-vindo: serve para encorajar o adolescente a procurar alhures seus objetos de desejo.
6) Nos pais, a vontade de criar filhos quase sempre convive com a vontade de continuar "aproveitando a vida" (como se criar filhos não fosse um jeito extraordinário de aproveitar a vida). Há pais que deveriam ouvir o que eles mesmos dizem quando um filho lhes pede um cachorro: "Você quer um bichinho que abane o rabo quando você entra em casa, mas você vai ter que levá-lo para fazer xixi, educá-lo, dar-lhe comida a cada dia". Uma menina, que acaba de ganhar um filhote muito desejado, pergunta-me: "Por que ele foge se estiver sem coleira? O que é, ele não gosta de mim?".
7) No filho, a vontade de ser autônomo, livre e rebelde convive com a de ser cuidado, guiado, amparado.
8) Também no filho, a admiração pelos pais nunca dispensa a sensação de que a vida deles é inautêntica, feia, fracassada -kitsch como um abajur de oncinha comparado a uma pintura de Jackson Pollock.
9) Talvez Hubert não fosse feito para ser filho; quase ninguém é.
10) Talvez a mãe de Hubert não fosse feita para ser mãe; quase ninguém é. Ela pode se perguntar, aliás, se não teria sido melhor não ter aquele filho. Na saída do cinema, por um instante, podemos pensar que sim, certamente, para a vida dela, teria sido melhor.
Mas será que teria sido mesmo?
ccalligari@uol.com.br

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

blog do professor

para saber mais das idéias do professor antonio nery, eis o blog dele, muito bom

http://conversandocomnery.wordpress.com/

abrs

Mais uma dica

pessoas, no caderno muito, do a tarde, desse último domingo, tem uma entrevista com o professor antonio neri filho sobre drogas e, em especial, sobre crack.

a íntegra pode ser lida em http://revistamuito.atarde.com.br/?p=5647#more-5647

a leitura é obrigatória...

abrs

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

aviso aos alunos e alunas de quinta

oi pessoas

em função da falta de luz, não tivemos aula na última quinta-feira. por isso, discutiremos na próxima aula o texto do birman, sobre drogas, e também assistiremos ao vídeo com a palestra do professor benilton.

assim, fica adiada a entrega, somente para os alunos de quinta, das memórias, para a semana seguinte.

abrs

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

De novo, sobre nossas avaliações

Oi pessoas
algumas pessoas me procuraram para saber, ainda, sobre nossas avaliações. algumas sequer sabiam das memórias! é necessário entender que, quando faltamos às aulas, alguma coisa se perde e deve ser recuperada com os colegas. óbvio, não?
então, eis, novamente, um post sobre nossas avaliações

As avaliações do semestre são as seguintes:

Duas memórias das aulas com análises de questões atuais que podem ser analisadas e compreendidas a partir das discussões realizadas em sala. Esses dois trabalhos devem ser entregues, sem falta, nos dias estipulados no calendário/cronograma que está no blog. Não aceitarei trabalhos fora dos prazos (olha a Lei!!!). Cada uma dessas memórias vale até 4 pontos (8 pontos no total). Os dois pontos restantes serão computados para quem participará ativamente das atividades do componente (presença em sala, debate em sala, ter lido os textos básicos nos dias indicados e atribuições que serão distribuídas durante o semestre para pequenos grupos). Por exemplo: alguns alunos deverão, nos dias de discussão de textos, trazer exemplos e questões para serem analisadas a partir das discussões provocadas pelos textos básicos.

O trabalho final, que explico melhor quando chegar mais perto, vai compor a segunda nota. O trabalho consiste na análise de um mal-estar da atualidade. A apresentação do trabalho também vai contar pontos. Esse trabalho poderá ser feito em dupla ou individualmente. No total, esse trabalho, que deverá ser entregue por escrito na data marcada em nosso cronograma, também valerá até 10 pontos.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dica de leitura complementar

oi pessoas

no texto de Joel Birman, que discutiremos nessa semana, ele levanta a hipótese de que os toxicômanos estão inscritos dentro da estrutura perversa.

a hipótese é refutada por outros autores. leiam, por exemplo, o artigo da psicanalísta sônia alberti (em autoria com outras), disponível em http://www.fundamentalpsychopathology.org/art/set3/1.pdf

abrs

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Na Folha de S. Paulo de hoje - drogas

São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010 
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Remédio controlado vira festa na baladaMedicamento "tarja preta", indicado para deficit de atenção, é consumido em casas noturnas como estimulante

Médicos alertam para riscos; Anvisa diz que monitora sites e redes sociais para impedir a venda clandestina 

GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO
Para "aproveitar" a balada, o enfermeiro André (nome fictício), 24, costumava tomar comprimidos de ecstasy. Há três meses, trocou a droga ilícita por Ritalina, medicamento vendido em algumas farmácias apenas com receita, que fica retida.
Apelidada de "Rita" na noite, a droga indicada para tratar deficit de atenção e hiperatividade vem sendo usada como estimulante. Sua base é o metilfenidato, de composição similar à anfetamina, que estimula o sistema nervoso central.
"Você se sente gostoso, bonito. Dá sensação de poder e um arrepio bom, como se você fosse ter um orgasmo", descreve André. Ele diz aspirar o farelo do comprimido para sentir o "barato".
O enfermeiro diz ter conhecido os efeitos entorpecentes da Ritalina com amigos médicos.
Antes de saírem para a balada, eles espremem os comprimidos com uma colher e guardam o pó num saquinho. "Uma cartela com 30 serve para quatro pessoas cheirarem a noite toda."
O aumento da sede, um dos efeitos do remédio, costuma ser saciado com vodca. "Daí tudo melhora: a música fica mais legal e as pessoas ficam mais bonitas", afirma.
Ele admite que, sob o efeito da droga, fica com até dez pessoas numa mesma noite. Quando volta para casa, a agitação é tanta que só consegue dormir se tomar Rivotril, calmante que também só pode ser comercializado com receita médica.
Na casa noturna que ele costuma frequentar, no bairro da Lapa, em São Paulo, é comum ver um aglomerado de jovens descamisados dançando espremidos perto das caixas de som. "Aquilo é a Faixa de Gaza", descreve André: "Só tem droga".
A reportagem da Folha acompanhou uma noite nessa casa noturna. Lá, o estudante de publicidade César, 21, admitiu já ter usado Ritalina na balada: "Sou tímido. Quando tomo [a Ritalina], fico com mais coragem de chegar perto das pessoas", disse.
O rapaz admite que não é difícil consegui-la: "Você acha vendendo na internet".
As histórias de André e de César não são casos isolados.
Segundo Arthur Guerra, coordenador do Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Drogas do Hospital das Clínicas, é comum encontrar jovens tomando medicamentos de forma recreativa.
"Eles querem é sentir uma coisa diferente", diz o psiquiatra. Guerra alerta para os efeitos colaterais da "Rita": taquicardia e até quadros de paranoia, dependendo do ambiente em que estiver e da predisposição da pessoa.

SEM CONTROLE 
Elisaldo Carlini, diretor do Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp), lamenta não haver ainda levantamento sobre esse uso do medicamento, mas confirma que os casos são comuns.
Segundo ele, apesar da venda controlada, não é difícil comprar o remédio: "Tem quem importe, quem falsifique receita. O que não falta é criatividade para venderem de forma ilegal", afirma.
Adilson Bezerra, chefe de segurança institucional da Anvisa, informa que tanto a venda irregular quanto clandestina desses medicamentos são reprimidas pela Vigilância. A agência mantém convênio com a Polícia Federal para monitorar sites e comunidades de redes sociais, além de fiscalizar a venda de remédios controlados nas farmácias do país.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"Nação Rivotril"

Olá gente,

Em uma de nossas aulas, alguém deu a dica da matéria "Nação Rivotril", publicada na revista Superinteressante do mês de julho. A leitura é bastante propícia, já que discutiremos esta semana o texto "Que droga!", de Joel Birman.

Saúde

Nação Rivotril

O Brasil é o maior consumidor de Rivotril do mundo. Saiba como um calmante tarja preta tem sido usado para aplacar os sentimentos ruins de jovens, trabalhadores e donas de casa

por Bruno Versolato

Todo mundo tem um refúgio a que costuma recorrer para aliviar o peso dos problemas. Pode ser um lugar tranquilo, talvez a praia. O pensamento em uma pessoa querida. Uma extravagância, como compras ou aquele prato proibido pelo médico. Ou pode ser o armarinho de remédios de casa.

Na farmácia não se encontra produto descrito como "paz em drágeas" ou "xarope de paz". Mas muita gente acha que é isso o que deveria dizer o rótulo do Rivotril, um ansiolítico (ou, popularmente, um calmante). Rivotril é prescrito por psiquiatras a pacientes em crise de ansiedade - nos casos em que o sofrimento tenha causa bem definida. Mas tem sido usado pelos brasileiros como elixir contra as pressões banais do dia a dia: insônia, prazos, conflitos em relacionamentos. Um arqui-inimigo dos dilemas do mundo moderno.

Tanto que o Brasil é o maior consumidor do mundo em volume de clonazepam, o princípio ativo do remédio. Serão 2,1 toneladas em 2010, o que coloca o Rivotril no topo das paradas farmacêuticas daqui. É o 2º remédio mais vendido no país, à frente de nomes como Hipoglós e Buscopan Composto - em 2004, era o 4º da lista. Só perde agora para o Microvlar, anticoncepcional com consumo atrelado à distribuição pelo governo via Sistema Único de Saúde (SUS).

E olhe que o Rivotril é um remédio tarja preta. Só pode ser comprado na farmácia com a receita do médico em mãos. "A maior parte das vendas desse medicamento acontece via prescrição. Mas muitos conseguem o remédio com receita em nome de outros pacientes ou até pela internet", afirma Elisardo Carlini, diretor do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp. Em alguns casos, até há a prescrição - mas de um médico não especialista, segundo Alexandre Saadeh, professor do Instituto de Psiquiatria da USP. "Ginecologistas costumam prescrever Rivotril para pacientes que sofrem fortes crises de TPM", diz. Até porque poucos brasileiros vão ao psiquiatra, de acordo com a Roche, laboratório responsável pelo Rivotril. "Grande parte dos brasileiros tem dificuldade de acesso a psiquiatras, e isso está relacionado à prescrição do Rivotril por médicos não especialistas", afirma Maurício Lima, diretor-médico da Roche.

Foi assim, por via não ortodoxa, que a popularidade do Rivotril cresceu. Não é difícil ouvir donas de casa recomendando o remédio a uma amiga que tem tido problemas para dormir. "Quem nunca ouviu que uma tia ou uma vizinha toma Rivotril há 20 anos e só dorme com isso?", pergunta o professor de psiquiatria do curso de medicina da PUC de São Paulo, Carlos Hubner. Ou achar relatos do tipo "Rivotril é meu melhor amigo" no Orkut e no Facebook. Nessas histórias, o Rivotril aparece sempre como um freio para sentimentos como medo, rejeição, angústia, tristeza e ansiedade. "Houve Big Brother em que eu estava com muita ansiedade e usava Rivotril para entrar no ar", disse Pedro Bial em entrevista à revista Playboy. O remédio tem sido usado até para cortar o efeito de outras drogas, segundo o psiquiatra André Gustavo Silva Costa, especialista em tratamento de dependentes químicos. "Jovens têm tomado o Rivotril para cortar o efeito de drogas como cocaína. Eles querem dormir bem para conseguir trabalhar no dia seguinte", diz.

O que é que o Rivotril tem?

Mas que mágica é essa? Quando somos pressionados, algumas áreas do cérebro passam a trabalhar mais. Vem a ansiedade. O Rivotril age estimulando justamente os mecanismos que equilibram esse estado de tensão - inibindo o que estava funcionando demais. A pessoa passa a responder menos aos estímulos externos. Fica tranquila. Ainda que o bicho esteja pegando no trabalho, o casamento indo de mal a pior e as contas se acumulando na porta. É essa sensação de paz que atrai tanta gente. Afinal, a ansiedade traz muito incômodo: suor, calafrios, insônia, taquicardia... "Muitas vezes o sofrimento se torna insuportável. O remédio é valioso quando o paciente piora", diz Silva Costa. Para a carioca Bruna Paixão, de 32 anos, funcionou. "Um dia tomei uma bronca do meu chefe e fiquei péssima. Só pensava nisso. Aí resolvi tomar Rivotril para dormir. Tinha uma caixa em casa, dada por um amigo médico. Assisti um pouco de TV, conversei com um amigo no telefone e fui ficando bem", diz.

Justamente por trazer essa calma toda, o Rivotril não é recomendado a qualquer um. Seu consumo por profissionais que têm de se manter ágeis e em estado de alerta - como pilotos de avião e operadores de máquinas, por exemplo - é desaconselhado por médicos. "O Rivotril dá a falsa impressão de que a pessoa produz mais, mas a verdade é que o remédio só deixa mais calmo", diz José Carlos Galduroz, psiquiatra da Unifesp.

Não é só com o Rivotril que isso acontece. Os calmantes da família dele - os chamados benzodiazepínicos - têm o mesmo papel. São remédios como Lexotan, Diazepam e Lorax. Em parte, o Rivotril ficou famoso ao pegar carona na onda dos "benzo". Eles surgiram na década de 1950, e logo viraram os substitutos para os barbitúricos, como o Gardenal. Os barbitúricos têm indicação semelhante à dos benzo. Mas são mais perigosos: a linha entre a dosagem indicada para o tratamento e aquela considerada tóxica é muito tênue. A mais famosa vítima dos excessos de barbitúricos foi Marylin Monroe (embora haja dúvidas sobre o envenenamento acidental da atriz). Quando surgiram os benzodiazepínicos, o mundo achou um combate mais seguro à ansiedade. "Uma overdose de remédios como o Rivotril é praticamente impossível", diz Saadeh, da USP.

É verdade, o Rivotril tem berço, vem de uma família benquista pelos médicos. Isso já garante uma popularidade. Mas ele tem uma vantagem extra em relação aos parentes. Seu tempo de ação é de, em média, 18 horas no organismo, entre o início do relaxamento, o pico do efeito e a saída do corpo. É o que os médicos chamam de meia-vida. "A meia-vida do Rivotril é uma das mais confortáveis para o paciente, porque fica no meio-termo em relação aos outros remédios para a ansiedade e facilita a adaptação", diz Saadeh. Na prática, esse meio-termo significa que o efeito do Rivotril não termina nem cedo demais - o que poderia fazer o paciente acordar de uma noite de sono já ansioso - nem tarde demais - o que não prolonga a sedação por um período maior que o desejado.

No Brasil, o Rivotril tem ainda outra vantagem importante. Repare: somos os maiores consumidores mundiais do remédio, mas estamos apenas na 51ª colocação na lista global de consumo de benzodiazepínicos. Ou seja: o mundo consome muitos benzo, nós consumimos muito Rivotril. Por quê? Por causa do preço. Uma caixa de Rivotril com 30 comprimidos (considerando a versão de 0,5 miligrama) custa em torno de R$ 8. O principal concorrente, o Frontal, da Pfizer, custa cerca de R$ 29.

Tudo isso faz o pessoal se esquecer da tarja preta do remédio. Mas ela está lá por um motivo, é claro. E esse motivo é o risco de dependência.

O risco é o mesmo visto em outros benzodiazepínicos. São dois, aliás. O de dependência química e o de dependência psicológica. Na química, o processo é parecido com o gerado por drogas como álcool e cocaína. O uso prolongado torna o cérebro dependente daquela substância para funcionar corretamente. A outra dependência é a psicológica. A pessoa até para de tomar o remédio, mas mantém uma caixa sempre no bolso como precaução. "Cerca de 80% das pessoas que usam benzodiazepínicos ficam dependentes em 2 ou 3 meses de uso", diz Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas, de São Paulo. "E a maioria tem sídrome de abstinência se o remédio for tirado de uma hora para outra."

Em casos mais graves, a abstinência pode levar o paciente a uma internação. A pessoa pode ver, ouvir e sentir coisas que não existem, apresentar delírios (como ser perseguida por extraterrestres), agitação, depressão, apatia, entre outros sintomas. E para cortar a dependência? "O paciente precisa querer parar. Há drogas que tratam os sintomas da abstinência em no máximo 4 semanas", afirma Carlo Hubner, da PUC. Livrar-se do Rivotril é duro porque é preciso enfrentar todos os fantasmas de que o paciente queria se livrar quando buscou o remédio. Afinal, o remédio só esconde os problemas. Eles continuarão lá, à espera de solução. O verdadeiro adeus é o momento em que se aprende a lidar com a ansiedade. Sozinho. Ou talvez com uma passadinha rápida na praia. Pensando no namorado. Ou com a ajuda daquela lasanha (bem gorda).


Para saber mais

Goodman & Gilman
Laurence Brunton, John Lazo, Keith Parker, Artmed, 2010.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

aviso ou heeeeeeeeeellllooooooooo!!!!!!!

pessoas, tudo bem?

Coloquei hoje na xerox da letras o texto do Joel Birman, que iremos discutir depois de terminar, nessa semana, o texto do Freud. Abri uma nova pasta em Letras a pedido de vários alunos que reclamaram que a xerox da Facom fecha muito cedo.

Ampliei um pouco o volume do texto do Birman, por isso, agora discutiremos da página 219 a 249. Isso na próxima semana (29 e 30 de setembro), ok?

Depois disso, encerramos essa nossa primeira parte e vcs precisarão me entregar a primeira memória das aulas. A propósito, eu pergunto: como as pessoas que nunca anotam nada nas aulas farão as memórias? como as pessoas que não foram ao Stonewall 40 + o que? farão as suas memórias sobre essas aulas?

Parafraseando um dos palestrantes do referido evento: heeeeeeeeeellllooooooooo!!!!!!!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Na Folha de S. Paulo de hoje

São Paulo, quinta-feira, 09 de setembro de 2010 
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CONTARDO CALLIGARIS 

Leia com atenção - ou não

Novas pesquisas valorizam a divagação e o devaneio, ambos hoje considerados indispensáveis para pensar

A SEXTA temporada de "House" está acabando, no Universal Channel, e a sétima é iminente. Quem segue a série sabe que, frequentemente, o achado decisivo do médico House acontece, digamos, por distração.
Durante uma boa metade de cada episódio, House testa todo tipo de hipótese diagnóstica, enquanto o paciente sobrevive a exames e tratamentos inúteis.
Mesmo durante essa primeira fase, House não avança graças a sei lá qual capacidade focada de examinar e interpretar os sintomas do paciente. Ao contrário, ele funciona direito só numa espécie de jogo em que os membros de sua equipe, meio que no chute, levantam hipóteses que ele derruba.
Essa componente lúdica e divagadora de seu funcionamento aparece em outras circunstâncias: o paciente está morrendo e House (para pensar melhor ou para não pensar?) toca guitarra elétrica, ironiza a vida sentimental de um amigo, brinca com uma bola.
Reconhecemos facilmente a hora do diagnóstico final e correto porque 1) faltam 15 minutos ao fim do episódio, 2) repetidamente, esse diagnóstico surge quando House se perde num pensamento que não tem nada a ver com o paciente e sua doença.
Imagine, por exemplo, que o paciente esteja morrendo ou prestes a ser operado por causa de um diagnóstico errado. House entra num bar para assistir a um jogo de futebol. Vergonha: ele deveria estar preocupado com seu paciente, não é? Mas eis que um zagueiro faz um gol contra, e a distração desse momento-futebol permite que House se lembre de que, às vezes, o organismo também faz gol contra: heureca, doença autoimune!
Para os psicanalistas, essa situação é familiar. Freud recomendava que os pacientes fossem escutados com "atenção flutuante". Ele não sugeria que, durante a sessão, os analistas lessem o jornal ou cuidassem de seus e-mails.
Mas acontece que interpretar significa juntar dois pensamentos que, à primeira vista, não parecem ter muito a ver um com o outro. Para que isso aconteça, é preciso manter aberta a porta da divagação, de modo que pensamentos estrangeiros ao contexto não sejam barrados por princípio.
O diagnóstico médico e a escuta psicanalítica são processos que exigem um exercício criativo, se não inventivo. Neles, pode ser bem-vindo, AO MESMO TEMPO, divagar (ou mesmo devanear) e seguir os caminhos focados do pensamento que executa uma tarefa.
Nos anos 60, o metilfenidato (um estimulante) começou a ser usado para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças em idade escolar. De 60 a 90, o diagnóstico de TDAH aumentou brutalmente: nos EUA, por exemplo, de 12 crianças em cada mil nos anos 70, chegou-se a 34 em cada mil nos anos 90.
Seja qual for a realidade neurológica e psicológica do TDAH e seja qual for a eficácia do seu tratamento com metilfenidato, é difícil não constatar que a epidemia tem também uma explicação cultural.
Sua história começa logo nos anos 60, uma época em que divagar (perder-se no pensamento e pelo mundo) era um valor positivo da contracultura. Desde então, voltamos a prezar o olhar focado do predador. O ápice dessa reação (e do diagnóstico de TDAH) foi a religião do sucesso dos anos 90.
Ora, começam a aparecer pesquisas que revalorizam a divagação e o devaneio. "Descobrimos" o que já sabíamos: há uma desatenção sem a qual não se consegue pensar nada que valha a pena.
Usando apenas o dito "controle executivo" focado, conseguiremos cumprir tarefas adequadamente (mesmo assim, à condição que não haja imprevistos), mas não inventaremos nada. A própria invenção científica (não só a criação artística) pede um uso simultâneo de controle executivo e divagação.
Duas pesquisas, para quem quiser ler (com atenção, claro):www.migre.me/1aZZu e www.migre.me/1b57h.
A segunda documenta (por ressonância magnética funcional) a cooperação possível de pensamento focado e devaneio (que ainda são, por muitos, considerados como atividades exclusivas uma da outra).
À luz dessas pesquisas, seria bom reavaliar nossa hipervalorização da atenção focada e, sobretudo, nossa medicalização sistemática de crianças que, às vezes, com toda razão, gostam de sonhar de olhos abertos.
ccalligari@uol.com.br

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Verger, o Candomblé e a psicanálise

Pessoas

Mais uma dica, em especial por ter sugerido os vídeos sobre candombé abaixo.

Leiam essa entrevista de Verger: http://www.pierreverger.org/fpv/index.php?option=com_content&task=view&id=163&Itemid=549

abrs

Na Folha de S. Paulo de hoje

São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010 
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ANÁLISE

Incrível mesmo seria se a ciência usasse fé como explicaçãoHÉLIO SCHWARTSMAN
ARTICULISTA DA FOLHA 

Incrível mesmo seria se Hawking tivesse encontrado um Deus oculto entre supercordas e multiversos. Pelo menos desde Laplace (1749-1827), para quem o Criador era uma "hipótese desnecessária", o trabalho dos físicos consiste justamente em encontrar explicações naturalistas para as coisas.
A intenção de Hawking de trazer Deus para o debate, porém, é revelada desde o título de seu novo livro: "The Grand Design". O exercício é legítimo como provocação e deve ajudar nas vendas, mas acrescenta pouco em termos epistemológicos.
Na verdade, uma teoria que dependesse de uma inteligência infinita para parar em pé é que seria excomungada "latae sententiae" da ciência, pois incorreria no pecado de multiplicar desnecessariamente as entidades explicativas, violando o princípio da navalha de Occam.
Daí não decorre que ciência e religião não possam dialogar e, como muitas vezes ocorre, brigar uma com a outra. Só que é preciso ser mais específico e não se devem esperar nocautes triunfantes.
Não conseguimos demonstrar para além de qualquer dúvida seja a existência ou a inexistência de um ente supremo. Mas podemos levar a sério algumas teses religiosas, convertê-las em hipóteses e testá-las cientificamente. Isso nos permite descartar, por exemplo, a ideia de que a Terra tem menos de 10 mil anos de idade, como querem os criacionistas bíblicos.
De modo análogo, podemos estimar como remotas as chances de um nascimento virginal no século 1º a.C. ou de pessoas mortas, às vezes há milhares de anos, voltarem à vida no futuro.
O alcance desses testes, contudo, é limitado, uma vez que os crentes sempre podem recorrer à noção de que Deus tem, por definição, o poder de suspender quando quiser as leis da natureza.
Assim, desde que evitem juízos verificáveis sobre o presente ou o passado, religiões podem sobreviver sem feridas fatais ao escrutínio da ciência. Cérebros selecionados durante milhares de anos para crer não precisam de muito mais do que isso.

Na Folha de S. Paulo de hoje

São Paulo, sexta-feira, 03 de setembro de 2010 
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Universo não precisou de Deus para surgir, diz físicoBritânico Stephen Hawking, 68, reacende polêmica religiosa em novo livro
Cientista-celebridade aposta em múltiplos cosmos para explicar leis da natureza sem recorrer a divindades

Valentin Flaraud - 9.set.2009/Reuters
Stephen Hawking antes de palestra em Meyrin, na Suíça, em setembro de 2009

SABINE RIGHETTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA 

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR INTERINO DE CIÊNCIA
O físico-celebridade britânico Stephen Hawking aparentemente cansou de bancar o bonzinho com Deus. Em seu mais novo livro, ele afirma que o Criador é dispensável para explicar o Universo.
E isso porque a obra de Hawking, 68, recebeu o nome enganoso de "The Grand Design" ("O Projeto Grandioso"). Mas, junto com o físico e coautor Leonard Mlodinow, o que ele faz no texto é negar a existência de um projeto divino para o Cosmos.
"Uma vez que existe uma lei como a gravidade, o Universo pode e vai criar a si mesmo a partir do nada. A criação espontânea é a razão pela qual existe alguma coisa no lugar de coisa nenhuma, a razão de nós existirmos. Não é preciso invocar Deus para que o Universo tenha um começo", escreveu a dupla.
O trecho do livro, que só chega às lojas na semana que vem, foi publicado no diário "Times", de Londres.

RABINO REBATE
O bafafá em torno das frases fez com que Hawking fosse um dos temas mais comentados no Twitter ontem e levou até a uma réplica mal-humorada do rabino-chefe do Reino Unido, Lorde Jonathan Sacks. "A ciência que se disfarça de religião é tão perniciosa quanto a religião que se disfarça de ciência", disse.
A imprensa britânica chegou a pintar o livro como uma virada de casaca. "Parece que levaram ao pé da letra a afirmação dele sobre Deus na obra "Uma Breve História do Tempo", de 1988", diz o físico Leandro Tessler, da Unicamp. Nesse best-seller, Hawking disse que entender as leis do Universo seria como ler "a mente de Deus".
Mais tarde, porém, deixou claro que se tratava de uma metáfora e afirmou que não era religioso. Quase totalmente paralisado e com fama de gênio, Hawking tem aura de profeta da ciência, mas não há nada de realmente novo no que escreveu.
"A ideia de que o Universo surgiu do nada, de que as teorias físicas permitem isso, não é nova. Resulta da junção entre teoria da relatividade e mecânica quântica", diz Roberto Belisário, doutor em física pela Unicamp.
No livro, Hawking se diz defensor de uma das possíveis junções das duas teorias. Segundo ela, haveria um Multiverso -ou seja, infinitos universos, entre os quais este aqui seria só mais um.
A existência do Multiverso resolve, em tese, a estranha coincidência de que o Universo conhecido parece ter sido "regulado" para que estrelas, planetas e seres vivos pudessem surgir. Se há infinitos universos, um deles, inevitavelmente, teria condições pró-vida. Não há, contudo, indício direto da existência desses outros cosmos.
"No fim das contas, assim como não é possível provar pela ciência que Deus existe, também não é possível provar que não existe -e nem mesmo que ele é desnecessário", afirma Belisário.

Cenas da barbárie atual

03/09/2010 às 10:41
  | ATUALIZADA às 13:03 | COMENTÁRIOS (4)

Polícia confirma mais 4 adolescentes vítimas de estupro em Tanhaçu

Juscelino Souza | Sucursal Vitória da Conquista
A delegada de Tanhaçu, Ana Paula Ribeiro, divulgou, nesta sexta-feira, 3, que mais quatro adolescentes foram vítimas de estupro na "competição sexual" atribuída a 40 homens, de 23 a 35 anos, no município localizado a 471 km de Salvador. Com estes casos - atestados após recebimento de resultados de exames periciais solicitados ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) - sobe para oito o número de vítimas adolescentes confirmadas.
Além destes casos, pelo menos outras 34 supostas vítimas, com idade variando entre 12 e 14 anos, teriam sido abusadas sexualmente por um grupo que elegeria como vencedor da “competição” aquele que conseguisse “tirar a virgindade de um maior número de garotas” na pequena cidade de 20 mil habitantes. Depois de ouvir 13 garotas, ao longo de quase um mês de investigação, a delegada solicitou a prisão temporária de três acusados, porém a Justiça só deferiu dois pedidos, dos irmãos André, 23, e Luiz Fernando Moreira Pereira, 24 anos.
O juiz entendeu que não houve crime de estupro de incapaz atribuído ao terceiro acusado. Esse entendimento se deve ao fato de, quando se trata de garotas de 14 a 17 anos, a legislação descaracteriza crime de estupro contra incapaz quando há consentimento da vítima. Até 14 anos de idade, a lei prevê estupro de incapaz havendo consentimento ou não.
À medida em que essas jovens, com idade inferior a 12 anos, são ouvidas em companhia dos pais são imediatamente encaminhadas para exame pericial. "Caso seja constatado abuso, a polícia prossegue investigando, a despeito de a suposta vítima recuar, negando o crime ou alegando estupro consentido”, salientou a delegada.
Desde que tiveram a prisão decretada, os irmãos desapareceram da cidade e só se comunicam com a família por meio de cartas, segundo a mãe, Cristina Souza Moreira, 43. “Nós temos a certeza de que eles não cometeram esses crimes, mas os meninos tiveram que sair da cidade porque foram ameaçados de morte pelos parentes dessas meninas”, justifica.
Além do advogado da família, que tenta revogar o pedido de prisão, deferido há uma semana, a família dos jovens acusados faz a defesa por meio de vídeos e comunidades na internet. Os pais das supostas vítimas dos irmãos só se pronunciaram uma vez, quando reforçaram as denúncias, cobrando punição aos citados no inquérito.
Abusos negados - A polícia afirma que encontra uma série de dificuldades para conseguir provas materiais contra os acusados pelo fato de mães de algumas das vítimas forçarem as filhas a negar os abusos. De acordo com a polícia, mesmo quando os exames periciais detectam o rompimento do hímen, as meninas, orientadas pelos pais, fazem questão de mudar a versão, alegando que iniciaram a vida sexual com os supostos namorados.
Algumas adolescentes, ainda segundo a polícia, estariam sendo obrigadas por alguns suspeitos a persuadir outras vítimas a negar o crime, inocentando-os. Diante disso, de acordo com a delegada Ana Paula Ribeiro, as mães das vítimas podem ser indiciadas criminalmente por falso testemunho e desobediência ao dificultarem o andamento das investigações.
As vítimas são ouvidas pela delegada nas suas residências e são encaminhadas a psicólogos disponibilizados pelo Ministério Público, Secretaria de Saúde e Prefeitura de Tanhaçu.

Dica Carla

Oi, na aula da última quarta, Carla falou desse filme e agora manda links com trailer e um trecho da obra:

http://www.youtube.com/watch?v=TVoD9RfsQHg

trecho: http://www.youtube.com/watch?v=cb8xmA0vs_o&feature=related

Muito interessante.

Bom final de semana e feriado viajando nas linhas de Freud

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aulas dessa semana - religião

Oi pessoas, tudo?

Para discutir, nas aulas dessa semana, as duas primeiras partes do texto de Freud, eis dois vídeos e dois textos complementares. Em sala, espero a colaboração de vcs para juntar com essas, ok?

http://www.youtube.com/watch?v=GDK_QrndM2s&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=s0SeBQQbZmU

Um ótimo texto que explica como o tema da religião aparece em várias obras de Freud. Ler em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1518-61482002000200006&script=sci_arttext

Outro bom texto para pensar sobre: a psicanálise é anti-religião? todos os religiosos são neuróticos? Ler em

http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932008000400007&lng=pt&nrm=

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Links de Vídeos e outras dicas

Olá pessoas,

Como prometido, segue link para a palestra do Joel Birman - Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade: http://ow.ly/2vklU

Também encaminho o link do módulo A psicanálise do século XXI. Lacan para desesperados da crise, do qual a palestra de Birman faz parte: http://ow.ly/2vkkI

Caso alguém esteja interessado em saber mais sobre as produções de Birman, segue o lattes dele:
http://lattes.cnpq.br/3417087218156306

E, por fim, o link para o Dossiê Jacques Lacan, publicado na revista Cult em junho de 2008 - http://ow.ly/2vkjn

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nossas avaliações

Oi pessoas.

As avaliações do semestre são as seguintes:

Duas memórias das aulas com análises de questões atuais que podem ser analisadas e compreendidas a partir das discussões realizadas em sala. Esses dois trabalhos devem ser entregues, sem falta, nos dias estipulados no calendário/cronograma que está no blog. Não aceitarei trabalhos fora dos prazos (olha a Lei!!!). Cada uma dessas memórias vale até 4 pontos (8 pontos no total). Os dois pontos restantes serão computados para quem participará ativamente das atividades do componente (presença em sala, debate em sala, ter lido os textos básicos nos dias indicados e atribuições que serão distribuídas durante o semestre para pequenos grupos). Por exemplo: alguns alunos deverão, nos dias de discussão de textos, trazer exemplos e questões para serem analisadas a partir das discussões provocadas pelos textos básicos.

O trabalho final, que explico melhor quando chegar mais perto, vai compor a segunda nota. O trabalho consiste na análise de um mal-estar da atualidade. A apresentação do trabalho também vai contar pontos. Esse trabalho poderá ser feito em dupla ou individualmente. No total, esse trabalho, que deverá ser entregue por escrito na data marcada em nosso cronograma, também valerá até 10 pontos.

Um abraço e boa jornada para todos nós.

Leandro

CRONOGRAMA AULAS DE QUINTAS

CRONOGRAMA AULAS DE QUINTAS

AGOSTO

12 – Apresentação do plano do componente, organização das atividades e panorama inicial sobre alguns aspectos e conceitos centrais dos estudos das subjetividades
19 - conceitos centrais dos estudos das subjetividades
26 – Exibição do primeiro vídeo de Joel Birman – Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade. Discussão do vídeo

SETEMBRO

2 – Discussão dos pontos I e II do texto Mal-estar na cultura, de Freud
9 – Discussão dos pontos III, IV e V do texto Mal-estar na cultura, de Freud.
16 – Participar do evento Stonewall 40+ o que no Brasil?
23 – Discussão dos pontos VI, VII e VIII do texto Mal-estar na cultura, de Freud
30 – Discussão do texto Que droga!, de Joel Birman

OUTUBRO

7 – Exibição do vídeo de Benilton Bezerra Jr – Novas fronteiras da subjetivação. Discussão do vídeo e ENTREGA DA PRIMEIRA MEMÓRIA.
14 – Discussão do texto Tatuando o desamparo, de Joel Birman
21 – Discussão do texto Vertigens pós-modernas, de Fridman.
28 - Discussão do texto Subjetividade: a (des) construção de um conceito, de Luciana Miranda.

NOVEMBRO

4 - Apresentação e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, sobre depressão e ENTREGA DA SEGUNDA MEMÓRIA.
11 – Orientação dos trabalhos sobre mal-estar hoje no Brasil/Bahia/Salvador
18 – Apresentação dos trabalhos
25 - Avaliação geral da disciplina e entrega das notas

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Na Folha de S. Paulo de hoje

São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2010 
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CONTARDO CALLIGARIS 

"A Origem"

Vagamos pelo mundo esbarrando em nossas projeções: assombrações do passado e do desejo


SABIA PELA imprensa que, no novo filme de Christopher Nolan, "A Origem", os heróis (ou vilões, que sejam) invadem o mundo onírico de alguém, transformam, ou mesmo fabricam seu sonho e, com isso, manipulam o próprio sonhador.
Confesso que fui ao cinema com um certo preconceito. A pintura (Salvador Dalí, De Chirico), a literatura (Breton) e o cinema (de Fritz Lang a Hitchcock) inventaram uma estética do sonho que é sedutora, mas não tem muito a ver com nossa experiência de sonhadores.
Com isso, eu antevia um filme pouco plausível, laborioso e afastado do meu cotidiano. Surpresa total: o mundo do filme de Nolan me pareceu familiar e absolutamente realista. Só que não foi pela representação do mundo dos sonhos. Ao contrário, "A Origem", para mim, é fiel à realidade na qual vivemos quando NÃO estamos sonhando.
Salvo exceções, exatamente como os personagens de Nolan quando sonham, vagamos pelo mundo aparentemente acordados, mas suficientemente sedados para que possamos esbarrar apenas em nossas próprias projeções: fantasmas do passado, alucinações do desejo e defesas -espécie de seguranças armados que deveriam nos proteger (vai saber de quê) e acabam se virando sempre contra nós mesmos.
Assisti ao filme no cinema Leblon, no Rio de Janeiro, no sábado à tarde. Depois da sessão, voltei a pé até o Arpoador.
Ao longo da Vieira Souto, caminhei na fantasmagoria de um Carnaval do passado, que começara, justamente, com uma saída da Banda de Ipanema e em que tudo dera errado. Os fantasmas riam de mim: se eu os tivesse enxergado à época, teria previsto um fracasso amoroso que, dez anos depois, foi doloroso sobretudo por ser tardio.
No Arpoador, apesar do frio, havia um menino brincando nas ondas; achei que ele corresse perigo, levado pela ressaca. Um jovem avançou no mar para trazê-lo de volta para a praia.
Nos anos 80, três vezes por ano, eu ia de Porto Alegre ao Rio para acompanhar meu filho até o avião que o levaria de volta para a França, onde ele morava com a mãe. Era o fim de suas férias e o momento em que a gente ia se separar, de novo. Chegávamos ao Galeão ao meio-dia e corríamos de táxi até Ipanema para mergulharmos no mar antes de ele embarcar. Pois é, no sábado passado, cruzei o olhar do menino que voltava das ondas: era um olhar de crítica e decepção por eu deixá-lo viajar para longe de mim ou por eu ter viajado para longe dele -era o olhar de meu filho.
Do Leblon ao Arpoador, passei por vários níveis do videogame de minha vida e, embora houvesse gente nas ruas, no fundo, não encontrei ninguém de verdade, só assombrações.
Há mais uma razão pela qual o mundo de "A Origem" me pareceu curiosamente familiar. Disse que, no filme, os heróis acompanham alguém num passeio pelo seu mundo psíquico e, nessa andança, eles extraem e inserem pensamentos. É muito diferente do trabalho de um psicoterapeuta ou psicanalista?
Sem revelar nada que atrapalhe o prazer dos futuros espectadores:
1) Para sair um pouco da assombração, é bom matar alguns fantasmas (o de um antigo amor que nos pede, por exemplo, para morrer com ele, ou o de um pai cujas últimas palavras continuam vivas como uma maldição). Suicidar nosso narcisismo também nos ajuda a voltar para a realidade. Mas é bom não confundir o suicídio de nosso narcisismo com o suicídio de nossa pessoa.
2) No fim do filme, a vítima de nossos heróis descobre algo que muda seu futuro de maneira positiva -qualquer terapeuta concordaria. Essa "verdade" foi plantada por nossos heróis, os quais também arquitetaram o lugar escondido e proibido onde a vítima encontra seu "segredo" (o que faz, obviamente, que ela aceite e preze essa "descoberta", que é, de fato, um engodo).
Qualquer psicanalista ou psicoterapeuta dirá que, numa cura, ele pode extrair pensamentos nocivos e desnecessários, mas ele nunca inseriria nada; isso seria sugestão, coisa de padre e pastor.
Concordo, mas, saindo do cinema, pensei: e se, como os heróis de Nolan, a gente estivesse praticando a arte insidiosa (e, às vezes, benéfica) de plantar no paciente nossas ideias transvestidas de segredos? Foucault adoraria essa dúvida.
Só me resta desejar a todos um bom filme. 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Primeira dica

Ainda é preciso ler Freud?

http://revistacult.uol.com.br/home/2010/06/ainda-e-preciso-ler-freud/

Nessa mesma edição da revista CULT existe um dossiê sobre Freud, mas nem todos os textos estão disponíveis na internet.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cronograma aulas de quartas

CRONOGRAMA AULAS DE QUARTAS

AGOSTO

11 – Apresentação do plano do componente, organização das atividades e panorama inicial sobre alguns aspectos e conceitos centrais dos estudos das subjetividades
18 - conceitos centrais dos estudos das subjetividades
25 – Exibição do primeiro vídeo de Joel Birman – Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade. Discussão do vídeo

SETEMBRO

1º – Discussão dos pontos I e II do texto Mal-estar na cultura, de Freud
8 – Discussão dos pontos III, IV e V do texto Mal-estar na cultura, de Freud.
15 – Participar do evento Stonewall 40+ o que no Brasil?
22 – Discussão dos pontos VI, VII e VIII do texto Mal-estar na cultura, de Freud
29 – Discussão do texto Que droga!, de Joel Birman

OUTUBRO

6 – Exibição do vídeo de Benilton Bezerra Jr – Novas fronteiras da subjetivação. Discussão do vídeo e ENTREGA DA PRIMEIRA MEMÓRIA.
13 – Discussão do texto Tatuando o desamparo, de Joel Birman
20 – Discussão do texto Vertigens pós-modernas, de Fridman.
27 - Discussão do texto Subjetividade: a (des) construção de um conceito, de Luciana Miranda.

NOVEMBRO

3 - Apresentação e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, sobre depressão e ENTREGA DA SEGUNDA MEMÓRIA.
10 – Orientação dos trabalhos sobre mal-estar hoje no Brasil/Bahia/Salvador
17 – Apresentação dos trabalhos
24 - Avaliação geral da disciplina e entrega das notas

DEZEMBRO

8 – Feriado

Programa do componente

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS - IHAC
PROGRAMA DO COMPONENTE CURRICULAR DE ESTUDOS DAS SUBJETIVIDADES – HACA77-  2010.2
PROFESSOR LEANDRO COLLING E PROFESSORA DENISE LEMOS


Ementa: Conceitos de subjetividade. Subjetividade e identidade. Subjetividade e pensamento moderno. Subjetividade e intersubjetividade. Subjetividade e individualismo. Dispositivos de construção da subjetividade e da individualidade. Subjetividade moderna e processos de subjetivação no contemporâneo.

Objetivos gerais: Oferecer um panorama de alguns dos estudos sobre a subjetividade, em especial os que possuem interface com a cultura e a análise da sociedade contemporânea, com ênfase nas diversas manifestações do mal estar na atualidade. Estudar os processos de subjetivação e as relações de poder que permeiam a construção das subjetividades.

Objetivos específicos: oferecer ao aluno mais um referencial teórico para a análise da sociedade contemporânea, em especial para compreender o âmbito da cultura; introduzir os alunos nos estudos das subjetividades, destacando o potencial desses estudos para a compreensão dos problemas do mundo contemporâneo; refletir sobre os processos de subjetivação pelos quais passam os jovens na atualidade e de como é possível intervir nesses processos.


Conteúdo programático:

1.      O que é subjetividade
Como entender a sociedade através dos estudos da subjetividade
O papel da sociedade na formação das subjetividades
A subjetividade e a formação das identidades
Processo social, crise, mudança e produção de subjetividade

2.      A civilização e a formação dos modernos processos de subjetivação
Freud e o mal-estar na civilização
As causas de nossas infelicidades
A cultura e a subjetividade na modernidade

3.      O mal-estar na atualidade e seus sintomas
O uso das drogas
A violência e as variadas formas de insegurança
O individualismo, consumismo e presenteísmo
A crise das identidades

4.      Enfrentando os dispositivos de construção da subjetividade
O cuidado de si ou como escapar dos dispositivos
A vida como obra de arte
As identidades em devir
 Vínculo humano e grupalidade como sustentáculo do psiquismo

Metodologia: discussão de textos e livros, apresentação e discussão de filmes, documentários, entrevistas e palestras em vídeo, realização de pequenos seminários, aulas expositivas e dialogadas.

Formas de avaliação: participação em sala de aula, produção das memórias das aulas, provas e trabalhos individuais e coletivos. 


Bibliografia básica (leitura obrigatória):
BIRMAN, Joel. Que droga!. In: Mal-estar na atualidade. A psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007, p. 231 a 250.
______. Tatuando o desamparo. In: Cadernos sobre o mal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p 191 a 208.
FREUD, Sigmund. O mal-estar na cultura. Porto Alegre: L&PM Editores, 2010 ou  FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. In: Obras completas volume XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1988.
FRIDMAN, Luis Carlos. Vertigens pós-modernas. Configurações institucionais contemporâneas. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000, p. 63 a 89..
MIRANDA, Luciana Lobo. Subjetividade: a (dês) construção de um conceito. In: SOUZA, Solange Jobim e (org.). Subjetividade em questão: a infância como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2005, p. 29 a 46.

Bibliografia complementar
BARBERO, Graciela Haydée. Homossexualidade e pervesão na psicanálise: uma resposta aos gay e lesbian studies. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
BIRMAN, Joel. Entre cuidado e saber de si: sobre Foucault e a psicanálise. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.
______. As pulsões e seus destinos: do corporal ao psíquico. Civilização Brasileira, 2009.
BRENNAN, Teresa. Para além do falo: uma crítica a Lacan do ponto de vista da mulher. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Ventos, 1997.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2003.
COSTA, Teresinha. Édipo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2010.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O anti-édipo. Capitalismo e esquizofrenia 1. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade – o cuidado de si. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Obras completas, volume VII, Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 119 a 229.
FUKS, Betty B. Freud & a cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
GOLDMAN, Márcio. Objetivação e subjetivação no último Foucault. In: ____. Alguma antropologia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
LACAN, Jacques. Nomes-do-pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
MOTA, Manoel Barros (org.) Foucault: Ética, sexualidade e política. Ditos e Escritos V. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
ORTEGA, Francisco. Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Graal, 1999
PEIXOTO Jr. Carlos Augusto. Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre clínica e cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras/PUC Rio, 2008.
QUIROGA,Ana Panpliega. Crisis, processos sociales, sujeito e grupo: desarrollos en Psicologia Social a partir do pensamento de Enrique Pichon-Rivière. Buenos Aires: Ediciones Cinco, 1998.
SAFATLE, Vladimir. Lacan. São Paulo: Publifolha, 2007.
SOUZA, José Crisóstomo. A constituição da individualidade ou a descoberta de simesmo. In: A questão da individualidade - a crítica do humano e do social na polêmica Stirner-Marx. Campinas: ed. Unicamp, 1993.
ROLNIK, Suely. Toxicômanos de identidade - subjetividade em tempos de globalização. In: LINS, Daniel. Cultura e subjetividade. Campinas: ed. Papirus, 1997.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: DA SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 7 a 72.