terça-feira, 31 de março de 2015

QUESTÕES DA PRIMEIRA AVALIAÇÃO

Olá pessoas

Eis as duas questões da primeira avaliação, sobre o bloco freudiano.

Para a turma de segunda-feira, a avaliação irá ocorrer no dia 6 de abril.

Já para a turma de quinta-feira, dia 16 de abril (na quinta-feira santa não teremos aula)

QUESTÃO 1

No prefácio da edição L&PM Pocket ( http://goo.gl/dqXR5z ) do livro “O mal-estar na cultura” o professor Márcio Seligman-Silva afirma: “Nossa cultura é descrita por Freud como geradora de uma enorme culpa, na medida em que seu componente erótico direciona nossa sociedade no sentido de construir uma massa coesa de seres humanos. Quanto mais cultura, mais culpa e mais mal-estar”.
Com base nessa afirmação apresente a tese central do livro de Freud e reflita sobre algum caso, de repercussão (regional, nacional ou internacional), à luz dessa tese central.

QUESTÃO 2

Sigmund Freud, ao longo do livro “O mal-estar na cultura”, faz uma reflexão sobre o ato de amar e de sua impossibilidade, quando atrelado ao propósito de felicidade. Nos parágrafos finais do 5º (quinto) capítulo desse mesmo livro, Freud faz a seguinte afirmação: “O homem aculturado trocou uma parcela de possibilidades de felicidade por uma parcela de segurança”.
A partir:
- da afirmação de Freud, feita acima;
- do conteúdo da carta escrita pela personagem Lígia (Débora Bloch), na novela global Sete Vidas, (http://goo.gl/cMZ9pp);
- das reflexões sociológicas de Zygmunt Bauman, sobre a natureza das relações afetivas na contemporaneidade (http://migre.me/pfypP);
- do texto de Nina Saroldi, “Terceiro capítulo: O mal-estar melhorou? A pertinência do livro hoje” (http://migre.me/pfyIw)

Reflita sobre o conceito e o objetivo do sentimento de amor, em Freud e na contemporaneidade.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Dicas de vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=POZcBNo-D4A - vídeo de Bauman

Sobre depressão - Maria Rita Kehl: https://www.youtube.com/watch?v=gGjPmVTIiCk



Texto Calligaris

Pessoas, comentei sobre esse texto na nossa aula de quinta. Eis

CONTARDO CALLIGARIS
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.

Fundamentalistas

Por que há parlamentares evangélicos que querem fazer parte da Secretaria de Direitos Humanos?
Defender os direitos humanos significa, por exemplo, cuidar para que indivíduos e grupos não esbarrem em nenhum limite além dos que são impostos pelo Código Penal.
Devemos desfrutar do direito de fazer tudo o que não for contra a lei, mesmo que nossas crenças e práticas sejam excêntricas, diferentes ou minoritárias.
Parece uma obviedade: o que não é proibido é permitido. Mas há mil jeitos de proibir o que a lei permite --basta discriminar, hostilizar, zoar.
Trabalhar numa Secretaria de Direitos Humanos não é necessariamente coisa para libertário. Imagine que você seja rigoroso e intransigente no respeito às prescrições de sua fé: defender os direitos humanos será um jeito de defender seu direito ao culto, à dieta, às vestimentas que suas crenças lhe impõem.
Agora, se sua intransigência se aplicar aos outros, ou seja, se quiser que o mundo inteiro se comporte e pense como você, você não tem nada para fazer numa Secretaria de Direitos Humanos.
E não vale alegar que suas razões são generosas (você quer que todos cheguem ao paraíso): o trabalho dessa secretaria é o de garantir que cada um possa escolher a versão do paraíso que preferir.
Por que, então, há parlamentares evangélicos que querem fazer parte da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República? Ou pior, que almejam encabeçar essa secretaria?
Como não parece que a liberdade de culto dos evangélicos esteja ameaçada, só resta concluir que eles querem trabalhar nela para se opor à liberdade dos que pensam diferente --o que é contrário ao propósito pelo qual a secretaria foi instituída e existe.
Mas por que, em plena modernidade ocidental, alguém precisa impor suas práticas e crenças?
É uma pergunta urgente: 3.000 jovens ocidentais viajaram até a Síria e o Iraque para se juntar ao Exército Islâmico --alguns, muçulmanos de criação, outros, convertidos.
John Horgan, da Universidade de Massachussetts em Lowell, se coloca essa pergunta (seu livro, "The Psychology of Terrorism", Routledge, teve uma segunda edição revisada em 2014).
Em entrevistas mais recentes (por exemplo, http://migre.me/p9G4i), o autor descreve os jovens que procuram o Exército Islâmico, e algumas das suas explicações talvez valham para todos os fundamentalistas, ou seja, para todos os que querem que os outros obedeçam às normas que eles escolheram se dar.
De fato, a paixão é uma só: a de forçar o mundo a agir segundo suas crenças pessoais.
1) O ocidental candidato ao EI é incapaz de seguir a regra da modernidade, pela qual cada um produz sozinho um sentido para sua vida. Para que ela faça sentido, nosso candidato precisa fazer parte de um coletivo ou de uma "ordem do mundo".
Detalhe: para que uma crença consiga garantir que existe uma ordem do mundo, é preciso que o mundo confirme essa crença, mesmo que seja à força. Quer que Cristo seja o sentido do mundo? Não reze, saia numa nova cruzada e imponha Cristo a ferro e fogo.
2) Facilmente, quem precisa procurar um sentido para a sua vida acaba erotizando a morte (o sacrifício, o martírio). Uma morte que tenha sentido é o desafio supremo contra a falta de sentido da vida.
3) Lutar contra quem pensa diferente e matá-lo (ou forçá-lo a obedecer à minha crença) é um jeito de ganhar minha luta interna contra tentações e fraquezas. Por exemplo, impedir a prática de sexualidades divergentes é um jeito (fictício) de controlar minha própria sexualidade divergente.
Além disso, uma causa pretensamente "generosa" me autoriza a cometer atrocidades que, sem isso, eu nunca me permitiria (embora elas me tentem) --estupros, assassinatos etc.
4) O ingresso em uma causa inimiga de nossa cultura (temida pelos adultos e pelo suposto establishment) realiza o sonho adolescente em toda sua contradição: o máximo de transgressão, junto com o máximo de obediência servil e conformidade.
Exatamente como o ingresso numa gangue ou, talvez, numa igreja.
5) Os combatentes estrangeiros do EI gravam vídeos e mostram camaradagem e heroísmo iminente. Encontram, assim, um jeito de serem invejados por (alguns de) seus pares.
Nossa cultura é responsável pela miséria desses candidatos fundamentalistas? Talvez sim: por nossa maneira envergonhada de sermos modernos, como se viver num mundo sem absolutos e com pouco sentido garantido fosse uma falha.
Na verdade, deveria aparecer como nossa maior conquista.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Enquete sobre forma de comunicação

Olá gente, como vão?

Na última quinta-feira, Leandro e eu conversamos sobre possibilidades para nos comunicarmos de maneiras mais efetivas neste semestre... notamos que, se nos restringimos somente ao blog, ficariam mais complicadas nossas interações -- em particular, para receber as observações e comentários de vocês.

Assim, gostaríamos de saber de vocês, de ambas turmas, sobre qual poderia ser o melhor meio de comunicação entre nós durante o componente. Caso possam fazer um comentário nesta postagem com sua opinião, seria excelente. A seguir, as alternativas:

Forma de comunicação para Estudos de Subjetividades:
01. Grupo de facebook;
02. Grupo de e-mails;
03. Outras possibilidades (considerações a se levar em conta, ao elaborar estas 'outras possibilidades': a acessibilidade da forma de comunicação para as pessoas alunas poderem trazer suas contribuições, e a viabilidade de organizarmos este meio de comunicação para o componente).

Seria massa ter uma resposta de todo mundo que vai fazer o componente até segunda-feira (9) à noite, para irmos organizando as coisas.

Obrigada!
viviane v.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Cronogramas e textos de leitura obrigatória (atualização)

Olá,

Seguem os cronogramas para as duas turmas de Subjetividades:

. Segundas-feiras à tarde: http://bit.ly/1Ka5jqa 
. Quintas-feiras à noite: http://bit.ly/1EaEBdu

Pretendemos atualizar estes arquivos no decorrer das aulas, caso necessário; portanto, é importante estarmos atentas às publicações no blog, onde avisaremos caso haja modificações nos cronogramas...

Também deixamos o link para a pasta do Dropbox onde estão os textos em pdf para diálogo. Nele, estão os textos de leitura obrigatória, e na pasta 'Mais perspectivas' estão os textos complementares -- incluindo-se o texto de Juan-David Nasio, para a próxima semana: http://bit.ly/1aJdvxF.

Ótimo semestre para nós!


Dicas preliminares

Para entrar no clima de nossas primeiras aulas, assistam esses dois filmes:

https://www.youtube.com/watch?v=BSJnZ0vnqjw

https://www.youtube.com/watch?v=-op3s6s-yw4