terça-feira, 31 de agosto de 2010

Aulas dessa semana - religião

Oi pessoas, tudo?

Para discutir, nas aulas dessa semana, as duas primeiras partes do texto de Freud, eis dois vídeos e dois textos complementares. Em sala, espero a colaboração de vcs para juntar com essas, ok?

http://www.youtube.com/watch?v=GDK_QrndM2s&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=s0SeBQQbZmU

Um ótimo texto que explica como o tema da religião aparece em várias obras de Freud. Ler em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1518-61482002000200006&script=sci_arttext

Outro bom texto para pensar sobre: a psicanálise é anti-religião? todos os religiosos são neuróticos? Ler em

http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932008000400007&lng=pt&nrm=

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Links de Vídeos e outras dicas

Olá pessoas,

Como prometido, segue link para a palestra do Joel Birman - Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade: http://ow.ly/2vklU

Também encaminho o link do módulo A psicanálise do século XXI. Lacan para desesperados da crise, do qual a palestra de Birman faz parte: http://ow.ly/2vkkI

Caso alguém esteja interessado em saber mais sobre as produções de Birman, segue o lattes dele:
http://lattes.cnpq.br/3417087218156306

E, por fim, o link para o Dossiê Jacques Lacan, publicado na revista Cult em junho de 2008 - http://ow.ly/2vkjn

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Nossas avaliações

Oi pessoas.

As avaliações do semestre são as seguintes:

Duas memórias das aulas com análises de questões atuais que podem ser analisadas e compreendidas a partir das discussões realizadas em sala. Esses dois trabalhos devem ser entregues, sem falta, nos dias estipulados no calendário/cronograma que está no blog. Não aceitarei trabalhos fora dos prazos (olha a Lei!!!). Cada uma dessas memórias vale até 4 pontos (8 pontos no total). Os dois pontos restantes serão computados para quem participará ativamente das atividades do componente (presença em sala, debate em sala, ter lido os textos básicos nos dias indicados e atribuições que serão distribuídas durante o semestre para pequenos grupos). Por exemplo: alguns alunos deverão, nos dias de discussão de textos, trazer exemplos e questões para serem analisadas a partir das discussões provocadas pelos textos básicos.

O trabalho final, que explico melhor quando chegar mais perto, vai compor a segunda nota. O trabalho consiste na análise de um mal-estar da atualidade. A apresentação do trabalho também vai contar pontos. Esse trabalho poderá ser feito em dupla ou individualmente. No total, esse trabalho, que deverá ser entregue por escrito na data marcada em nosso cronograma, também valerá até 10 pontos.

Um abraço e boa jornada para todos nós.

Leandro

CRONOGRAMA AULAS DE QUINTAS

CRONOGRAMA AULAS DE QUINTAS

AGOSTO

12 – Apresentação do plano do componente, organização das atividades e panorama inicial sobre alguns aspectos e conceitos centrais dos estudos das subjetividades
19 - conceitos centrais dos estudos das subjetividades
26 – Exibição do primeiro vídeo de Joel Birman – Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade. Discussão do vídeo

SETEMBRO

2 – Discussão dos pontos I e II do texto Mal-estar na cultura, de Freud
9 – Discussão dos pontos III, IV e V do texto Mal-estar na cultura, de Freud.
16 – Participar do evento Stonewall 40+ o que no Brasil?
23 – Discussão dos pontos VI, VII e VIII do texto Mal-estar na cultura, de Freud
30 – Discussão do texto Que droga!, de Joel Birman

OUTUBRO

7 – Exibição do vídeo de Benilton Bezerra Jr – Novas fronteiras da subjetivação. Discussão do vídeo e ENTREGA DA PRIMEIRA MEMÓRIA.
14 – Discussão do texto Tatuando o desamparo, de Joel Birman
21 – Discussão do texto Vertigens pós-modernas, de Fridman.
28 - Discussão do texto Subjetividade: a (des) construção de um conceito, de Luciana Miranda.

NOVEMBRO

4 - Apresentação e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, sobre depressão e ENTREGA DA SEGUNDA MEMÓRIA.
11 – Orientação dos trabalhos sobre mal-estar hoje no Brasil/Bahia/Salvador
18 – Apresentação dos trabalhos
25 - Avaliação geral da disciplina e entrega das notas

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Na Folha de S. Paulo de hoje

São Paulo, quinta-feira, 12 de agosto de 2010 
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CONTARDO CALLIGARIS 

"A Origem"

Vagamos pelo mundo esbarrando em nossas projeções: assombrações do passado e do desejo


SABIA PELA imprensa que, no novo filme de Christopher Nolan, "A Origem", os heróis (ou vilões, que sejam) invadem o mundo onírico de alguém, transformam, ou mesmo fabricam seu sonho e, com isso, manipulam o próprio sonhador.
Confesso que fui ao cinema com um certo preconceito. A pintura (Salvador Dalí, De Chirico), a literatura (Breton) e o cinema (de Fritz Lang a Hitchcock) inventaram uma estética do sonho que é sedutora, mas não tem muito a ver com nossa experiência de sonhadores.
Com isso, eu antevia um filme pouco plausível, laborioso e afastado do meu cotidiano. Surpresa total: o mundo do filme de Nolan me pareceu familiar e absolutamente realista. Só que não foi pela representação do mundo dos sonhos. Ao contrário, "A Origem", para mim, é fiel à realidade na qual vivemos quando NÃO estamos sonhando.
Salvo exceções, exatamente como os personagens de Nolan quando sonham, vagamos pelo mundo aparentemente acordados, mas suficientemente sedados para que possamos esbarrar apenas em nossas próprias projeções: fantasmas do passado, alucinações do desejo e defesas -espécie de seguranças armados que deveriam nos proteger (vai saber de quê) e acabam se virando sempre contra nós mesmos.
Assisti ao filme no cinema Leblon, no Rio de Janeiro, no sábado à tarde. Depois da sessão, voltei a pé até o Arpoador.
Ao longo da Vieira Souto, caminhei na fantasmagoria de um Carnaval do passado, que começara, justamente, com uma saída da Banda de Ipanema e em que tudo dera errado. Os fantasmas riam de mim: se eu os tivesse enxergado à época, teria previsto um fracasso amoroso que, dez anos depois, foi doloroso sobretudo por ser tardio.
No Arpoador, apesar do frio, havia um menino brincando nas ondas; achei que ele corresse perigo, levado pela ressaca. Um jovem avançou no mar para trazê-lo de volta para a praia.
Nos anos 80, três vezes por ano, eu ia de Porto Alegre ao Rio para acompanhar meu filho até o avião que o levaria de volta para a França, onde ele morava com a mãe. Era o fim de suas férias e o momento em que a gente ia se separar, de novo. Chegávamos ao Galeão ao meio-dia e corríamos de táxi até Ipanema para mergulharmos no mar antes de ele embarcar. Pois é, no sábado passado, cruzei o olhar do menino que voltava das ondas: era um olhar de crítica e decepção por eu deixá-lo viajar para longe de mim ou por eu ter viajado para longe dele -era o olhar de meu filho.
Do Leblon ao Arpoador, passei por vários níveis do videogame de minha vida e, embora houvesse gente nas ruas, no fundo, não encontrei ninguém de verdade, só assombrações.
Há mais uma razão pela qual o mundo de "A Origem" me pareceu curiosamente familiar. Disse que, no filme, os heróis acompanham alguém num passeio pelo seu mundo psíquico e, nessa andança, eles extraem e inserem pensamentos. É muito diferente do trabalho de um psicoterapeuta ou psicanalista?
Sem revelar nada que atrapalhe o prazer dos futuros espectadores:
1) Para sair um pouco da assombração, é bom matar alguns fantasmas (o de um antigo amor que nos pede, por exemplo, para morrer com ele, ou o de um pai cujas últimas palavras continuam vivas como uma maldição). Suicidar nosso narcisismo também nos ajuda a voltar para a realidade. Mas é bom não confundir o suicídio de nosso narcisismo com o suicídio de nossa pessoa.
2) No fim do filme, a vítima de nossos heróis descobre algo que muda seu futuro de maneira positiva -qualquer terapeuta concordaria. Essa "verdade" foi plantada por nossos heróis, os quais também arquitetaram o lugar escondido e proibido onde a vítima encontra seu "segredo" (o que faz, obviamente, que ela aceite e preze essa "descoberta", que é, de fato, um engodo).
Qualquer psicanalista ou psicoterapeuta dirá que, numa cura, ele pode extrair pensamentos nocivos e desnecessários, mas ele nunca inseriria nada; isso seria sugestão, coisa de padre e pastor.
Concordo, mas, saindo do cinema, pensei: e se, como os heróis de Nolan, a gente estivesse praticando a arte insidiosa (e, às vezes, benéfica) de plantar no paciente nossas ideias transvestidas de segredos? Foucault adoraria essa dúvida.
Só me resta desejar a todos um bom filme. 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Primeira dica

Ainda é preciso ler Freud?

http://revistacult.uol.com.br/home/2010/06/ainda-e-preciso-ler-freud/

Nessa mesma edição da revista CULT existe um dossiê sobre Freud, mas nem todos os textos estão disponíveis na internet.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cronograma aulas de quartas

CRONOGRAMA AULAS DE QUARTAS

AGOSTO

11 – Apresentação do plano do componente, organização das atividades e panorama inicial sobre alguns aspectos e conceitos centrais dos estudos das subjetividades
18 - conceitos centrais dos estudos das subjetividades
25 – Exibição do primeiro vídeo de Joel Birman – Novas subjetivações e o mal-estar na contemporaneidade. Discussão do vídeo

SETEMBRO

1º – Discussão dos pontos I e II do texto Mal-estar na cultura, de Freud
8 – Discussão dos pontos III, IV e V do texto Mal-estar na cultura, de Freud.
15 – Participar do evento Stonewall 40+ o que no Brasil?
22 – Discussão dos pontos VI, VII e VIII do texto Mal-estar na cultura, de Freud
29 – Discussão do texto Que droga!, de Joel Birman

OUTUBRO

6 – Exibição do vídeo de Benilton Bezerra Jr – Novas fronteiras da subjetivação. Discussão do vídeo e ENTREGA DA PRIMEIRA MEMÓRIA.
13 – Discussão do texto Tatuando o desamparo, de Joel Birman
20 – Discussão do texto Vertigens pós-modernas, de Fridman.
27 - Discussão do texto Subjetividade: a (des) construção de um conceito, de Luciana Miranda.

NOVEMBRO

3 - Apresentação e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, sobre depressão e ENTREGA DA SEGUNDA MEMÓRIA.
10 – Orientação dos trabalhos sobre mal-estar hoje no Brasil/Bahia/Salvador
17 – Apresentação dos trabalhos
24 - Avaliação geral da disciplina e entrega das notas

DEZEMBRO

8 – Feriado

Programa do componente

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS - IHAC
PROGRAMA DO COMPONENTE CURRICULAR DE ESTUDOS DAS SUBJETIVIDADES – HACA77-  2010.2
PROFESSOR LEANDRO COLLING E PROFESSORA DENISE LEMOS


Ementa: Conceitos de subjetividade. Subjetividade e identidade. Subjetividade e pensamento moderno. Subjetividade e intersubjetividade. Subjetividade e individualismo. Dispositivos de construção da subjetividade e da individualidade. Subjetividade moderna e processos de subjetivação no contemporâneo.

Objetivos gerais: Oferecer um panorama de alguns dos estudos sobre a subjetividade, em especial os que possuem interface com a cultura e a análise da sociedade contemporânea, com ênfase nas diversas manifestações do mal estar na atualidade. Estudar os processos de subjetivação e as relações de poder que permeiam a construção das subjetividades.

Objetivos específicos: oferecer ao aluno mais um referencial teórico para a análise da sociedade contemporânea, em especial para compreender o âmbito da cultura; introduzir os alunos nos estudos das subjetividades, destacando o potencial desses estudos para a compreensão dos problemas do mundo contemporâneo; refletir sobre os processos de subjetivação pelos quais passam os jovens na atualidade e de como é possível intervir nesses processos.


Conteúdo programático:

1.      O que é subjetividade
Como entender a sociedade através dos estudos da subjetividade
O papel da sociedade na formação das subjetividades
A subjetividade e a formação das identidades
Processo social, crise, mudança e produção de subjetividade

2.      A civilização e a formação dos modernos processos de subjetivação
Freud e o mal-estar na civilização
As causas de nossas infelicidades
A cultura e a subjetividade na modernidade

3.      O mal-estar na atualidade e seus sintomas
O uso das drogas
A violência e as variadas formas de insegurança
O individualismo, consumismo e presenteísmo
A crise das identidades

4.      Enfrentando os dispositivos de construção da subjetividade
O cuidado de si ou como escapar dos dispositivos
A vida como obra de arte
As identidades em devir
 Vínculo humano e grupalidade como sustentáculo do psiquismo

Metodologia: discussão de textos e livros, apresentação e discussão de filmes, documentários, entrevistas e palestras em vídeo, realização de pequenos seminários, aulas expositivas e dialogadas.

Formas de avaliação: participação em sala de aula, produção das memórias das aulas, provas e trabalhos individuais e coletivos. 


Bibliografia básica (leitura obrigatória):
BIRMAN, Joel. Que droga!. In: Mal-estar na atualidade. A psicanálise e as novas formas de subjetivação. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2007, p. 231 a 250.
______. Tatuando o desamparo. In: Cadernos sobre o mal. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p 191 a 208.
FREUD, Sigmund. O mal-estar na cultura. Porto Alegre: L&PM Editores, 2010 ou  FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. In: Obras completas volume XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1988.
FRIDMAN, Luis Carlos. Vertigens pós-modernas. Configurações institucionais contemporâneas. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000, p. 63 a 89..
MIRANDA, Luciana Lobo. Subjetividade: a (dês) construção de um conceito. In: SOUZA, Solange Jobim e (org.). Subjetividade em questão: a infância como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Sete Letras, 2005, p. 29 a 46.

Bibliografia complementar
BARBERO, Graciela Haydée. Homossexualidade e pervesão na psicanálise: uma resposta aos gay e lesbian studies. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
BIRMAN, Joel. Entre cuidado e saber de si: sobre Foucault e a psicanálise. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000.
______. As pulsões e seus destinos: do corporal ao psíquico. Civilização Brasileira, 2009.
BRENNAN, Teresa. Para além do falo: uma crítica a Lacan do ponto de vista da mulher. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Ventos, 1997.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2003.
COSTA, Teresinha. Édipo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2010.
DELEUZE, Gilles. Conversações. São Paulo: Editora 34, 1992.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O anti-édipo. Capitalismo e esquizofrenia 1. Lisboa: Assírio & Alvim, 2004.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade – o cuidado de si. Rio de Janeiro: Graal, 1985.
FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In: Obras completas, volume VII, Rio de Janeiro: Imago, 1996, p. 119 a 229.
FUKS, Betty B. Freud & a cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2007.
GOLDMAN, Márcio. Objetivação e subjetivação no último Foucault. In: ____. Alguma antropologia. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
LACAN, Jacques. Nomes-do-pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
MOTA, Manoel Barros (org.) Foucault: Ética, sexualidade e política. Ditos e Escritos V. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.
ORTEGA, Francisco. Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Graal, 1999
PEIXOTO Jr. Carlos Augusto. Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre clínica e cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras/PUC Rio, 2008.
QUIROGA,Ana Panpliega. Crisis, processos sociales, sujeito e grupo: desarrollos en Psicologia Social a partir do pensamento de Enrique Pichon-Rivière. Buenos Aires: Ediciones Cinco, 1998.
SAFATLE, Vladimir. Lacan. São Paulo: Publifolha, 2007.
SOUZA, José Crisóstomo. A constituição da individualidade ou a descoberta de simesmo. In: A questão da individualidade - a crítica do humano e do social na polêmica Stirner-Marx. Campinas: ed. Unicamp, 1993.
ROLNIK, Suely. Toxicômanos de identidade - subjetividade em tempos de globalização. In: LINS, Daniel. Cultura e subjetividade. Campinas: ed. Papirus, 1997.
WOODWARD, Kathryn. Identidade e diferença: uma introdução teórica e conceitual. In: DA SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 7 a 72.