sexta-feira, 1 de abril de 2016

Questões da segunda avaliação

Repasso aqui as questões da próxima prova divulgadas presencialmente na nossa aula de hoje.

1. Foucault teve como propósito produzir conhecimento através do saber das heterotopias. O que isso quer dizer? O que estudamos da obra dele que está sintonizado com esse propósito? E depois avalie o seu saber (o "seu" se refere ao aluno ou aluna e não ao Foucault): até que ponto o que você sabe provém de um saber das heterotopias? O que você pensa disso?

2. Explique o que é o cuidado de si em Foucault e responda: como anda o seu cuidado de si (ou se preferir, o cuidado de si na atualidade). Desenvolva e justifique.

3. Como base no que discutimos e ouvimos em nossa aula do dia 1 de abril, reflita sobre a escrita de si.

4. Que diferenças podemos perceber entre Freud e Foucault no tocante à produção de nossas subjetividades? Aponte e explique pelo menos três diferenças.

Respostas deverão ser escritas em papel a ser distribuído na próxima aula, dia 8 de abril, às 13h, em sala, sem consulta.


Para quem ainda não está em nosso grupo no face, entre no https://www.facebook.com/groups/1079170525459151/

segunda-feira, 14 de março de 2016

Nosso grupo no facebook

pessoas

solicitem ingresso em nosso grupo no facebook

aqui: https://www.facebook.com/groups/1079170525459151/

sexta-feira, 11 de março de 2016

Foucalt versus Boswell

Foucault recebeu críticas pela "tese" de que não havia o que hoje chamamos de identidade homossexual antes de 1870, quando o termo homossexual foi inventado pelo saber médico.

Assim que saiu História da sexualidade, foi publicado o livro de John Boswell, Cristianismo, tolerância social e homossexualismo (ainda não traduzido em português). Boswell defende que antes de 1870 já existia o que hoje poderíamos chamar de uma cultura homossexual, inclusive com casamentos celebrados pela própria igreja. Foucault elogiou o texto de Boswell em entrevistas, a exemplo da entrevista  Um diálogo sobre os prazeres do sexo (publicado em livro no Brasil, mas não achei na internet para baixar)

Leiam sobre Boswell os seguintes textos:

essa notícia
http://hypescience.com/o-casamento-gay-no-ano-de-100-ac/

esse artigo acadêmico
http://www.uneb.br/enlacandosexualidades/files/2013/06/A-experi%C3%AAncia-sexual-na-Gr%C3%A9cia-antiga-e-o-papel-da-Hist%C3%B3ria-no-discurso-pelo-reconhecimento-de-direitos-aos-homossexuais.pdf

Mais Foucault

Comentei sobre essa entrevista na primeira aula sobre

http://psicanaliselacaniana.blogspot.com.br/2009/08/da-amizade-como-modo-de-vida.html


Hoje leremos trechos dessa entrevista em sala de aula:

Foucault: http://revistas.pucsp.br/index.php/ecopolitica/article/view/23545/16906

terça-feira, 8 de março de 2016

Foucault por ele mesmo

Pessoas, eis o link para quem quiser ver o documentário sobre Foucault na íntegra

https://www.youtube.com/watch?v=Xkn31sjh4To

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Perguntas da "prova" do primeiro bloco

Eis as perguntas da "prova" que deve ser respondida dia 26 de fevereiro, sem consulta, em sala de aula.

1. Explique a tese central de Freud em seu livro O mal-estar na cultura. Destaque como Freud sustenta/comprova sua tese e depois analise alguma expressão do mal-estar na atualidade a partir das reflexões desenvolvidas pela perspectiva freudiana.

2. Descreva/explique duas reflexões realizadas no bloco freudiano que ajudaram você a compreender melhor a produção das subjetividades (sua ou de outras pessoas).


Bom trabalho!

Leandro

Frantz Fanon e Homi Bhabha

Leiam: http://www.revista.ufal.br/criticahistorica/attachments/article/135/HOMI%20BHABHA%20LEITOR%20DE%20FRANTZ%20FANON.pdf


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016


Dicas sobre Fanon

Pessoas, na aula de 19/02, discutiremos o capítulo 6 da obra de Fanon - Pele negra, máscaras brancas.

Baixem o livro completo aqui: http://unegro.org.br/arquivos/arquivo_5043.pdf




Para saber mais sobre Fanon, sugiro:

http://www.scielo.br/pdf/psoc/v22n2/23.pdf

http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=492

http://www.ces.uc.pt/rccs/includes/download.php?id=998

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Texto de hoje na Folha de S. Paulo

Leiam

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/02/1739096-nova-obra-de-slavoj-zizek-tece-analogia-fragil-ao-cristianismo.shtml

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Dica sobre Deleuze e o masoquismo e vídeos

Pessoas, encontrei essa dissertação muito boa sobre as críticas de Deleuze ao Freud.

Para entender um pouco mais sobre a crítica de Deleuze ao modo como Freud pensou o sadismo e o masoquismo, leiam o segundo capítulo.

Link: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11868/11868_1.PDF

O vídeo que vimos hoje em sala pode ser assistido em https://www.youtube.com/watch?v=I3hcXumYjUs

O performance de Diana Torres aqui na UFBA foi mais ou menos essa: https://vimeo.com/96643146


abrs

Formas de avaliação

Olá pessoas

Conforme expliquei na aula de hoje (29 de janeiro), as nossas avaliações desse semestre serão assim:

"Provas" nos dias 26 de fevereiro e 8 de abril.
Essas duas provas, ao fim do bloco freudiano e ao fim do bloco foucaultiano, serão diferentes.
As questões serão divulgadas com pelo menos uma semana de antecedência e no dia marcado vocês devem comparecer na sala para responder as questões, sem consulta.

No dia 20 de maio vocês precisarão entregar e comentar um pouco sobre um trabalho que devem realizar. Vocês podem escolher esse trabalho entre as seguintes opções:

- Trabalho multiplicador: vocês escolhem de 3 a 4 temas discutidos no semestre e apresentam/explicam esses temas para pessoas do seu convívio. Depois devem escrever sobre o que elas disseram e fazer uma análise dessas reações e respostas. O texto é de tamanho e formato livre.

- Artigo: explique o referencial teórico trabalhado em sala e analise alguma questão específica das subjetividades. Pode ser uma análise de um filme, livro, situação, etc.

- Intervenção artística: produzir uma intervenção, realizar ela no IHAC e escrever um breve texto sobre a proposta e quais foram os seus objetivos.

As duas provas somarão até dez pontos.

O trabalho final contará até 8 pontos. Os dois pontos restantes serão concedidos pela participação em sala.

abrs, Leandro

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Culpas e regras

Culpas e regras

Contardo Calligaris

Assisti a "Carol", de Todd Haynes. Cate Blanchett, no papel de Carol, foi indicada ao Oscar de melhor atriz, e Rooney Mara, no papel de Therese, ao de melhor atriz coadjuvante.

O filme, aliás, recebeu seis indicações ao Oscar 2016 –entre elas, melhor roteiro adaptado, do romance "The Price of Salt" ("Carol", no Brasil), de Patricia Highsmith, de 1952.

Ao menos Rooney Mara deveria ganhar a estatueta, mas talvez minha capacidade crítica seja comprometida pelo charme de Therese. Enfim, vou evitar spoilers e ficar com as reflexões que alegraram meu domingo, na saída do cinema.

1) "Carol" conta uma história de amor entre duas mulheres. Não é a história de um amor "homossexual": o encantamento recíproco de Carol e Therese não supõe que fossem ou sejam homossexuais. Talvez elas venham a ser depois desse amor.

A história é escandalosa justamente por isso. Não há como assistir tirando o corpo (ou a alma) fora, declarando que, sei lá, "isso não vai acontecer comigo porque eu não sou homossexual". O amor e o desejo são terrenos movediços: quase sempre, a gente se encanta por outros do mesmo sexo dos que costumamos namorar, mas, em "quase sempre", o acento é sobre o "quase".

2) Para discriminar, basta supor que a peculiaridade do outro tenha algum tipo de "causa" –psíquica ou física–, enquanto a conduta da gente não precisaria de causa alguma (justamente, por não ser uma "peculiaridade").

A etiologia é o último bastião do preconceito: como tem mais héteros que homos, então a homossexualidade deve ter uma "causa". A heterossexualidade não precisa.

É uma discussão furada: "a" homossexualidade e "a" heterossexualidade não existem; só há singularidades sexuais, que todas têm causas variadas, nenhuma sendo mais "natural" do que a outra.

3) Na época de Carol e Therese (anos 1950), em Nova York, um amor homossexual poderia ser considerado imoral por um tribunal. Hoje, em tese, nossa Justiça fugiria desse tipo de apreciação, embora ainda haja boa chance de um juiz ou uma juíza medir a sexualidade dos outros com uma bitola –e que essa "medição" pese na hora de ele ou ela julgar.

Mas, de certa forma, tanto faz. Regra sem muita exceção: a repressão externa é quase impotente se ela não for sustentada pela culpa interna.

Se eu não me culpo pelos desejos ou pelos amores que sinto e que parecem "dissonantes", a lei ou os costumes podem muito pouco na inibição do meu comportamento (amoroso e sexual, no caso).
No movimento gay entre os anos 1960 e os 1980, a estratégia de "coming out" (de se revelar ou se desmascarar) não era tanto uma provocação contra uma sociedade repressora quanto uma declaração pública para acabar com a culpa interna.

Sem a culpa interna e a vergonha que ela produz, o poder de uma lei repressora é mínimo –ele acaba valendo apenas como um exercício de força, sem autoridade simbólica.

A culpa, em suma, não é o efeito de nossas transgressões da regra social. Ao contrário, a regra social aproveita a culpa para poder se impor. Ou seja, a culpa interna é uma condição, não um efeito, da repressão.
Em outras palavras ainda, minha culpa e minha vergonha servem para instituir e sustentar a regra que parece (mas só parece) motivá-las. Como em "O Processo", de Kafka: primeiro sinta-se culpado, logo lhe diremos de quê.

Há os casos em que a culpa interna e a repressão que ela permite são necessárias para o convívio social –por exemplo, para que a gente não se mate em cada esquina. Mas, em geral, o que acontece é que nossa neurose média nos leva a oferecer nossa culpa como um sacrifício aos deuses da cidade, como se nós estivéssemos sempre pedindo: "Me reprimam, por favor".

É isso, aliás, que confere um extraordinário poder aos psicopatas entre nós –sejam eles assassinos ou meros ladrões de galinhas. Nós nos sentimos culpados por fazer o que sequer é proibido. E os psicopatas não sentem culpa sequer para fazer o que é proibido.

Continua valendo uma famosa frase de Albert Camus em um encontro internacional de escritores, em 1948: "Vivemos numa época em que os homens, empurrados por ideologias ferozes e medíocres, acostumam-se a ter vergonha de tudo. Vergonha deles mesmos, vergonha de serem felizes, de amar e de criar ("¦). Em suma, é preciso se sentir culpado. Somos levados à força ao confessional laico, o pior de todos"



28 janeiro de 2016

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Leitura complementar - religião em Freud

Pessoas

Um dos pontos centrais do livro Mal-estar na cultura trata sobre como Freud pensa a religião.

Para ver uma interessante crítica a Freud nesse quesito sugiro a leitura desse pequeno artigo

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0102-73952014000100009&script=sci_arttext

abrs

leandro

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Cronograma de atividades - 2015.2

Estudos das Subjetividades - 2015.2 – sextas à tarde (13h às 16h40) – sala 208 do PAF 3

Cronograma de atividades

Janeiro

15 - Apresentação do componente e apresentação de alguns conceitos centrais dos estudos das subjetividades. Sugestão dos filmes Um método perigoso e Cisne Negro
22 - Discussão dos capítulos I a IV de ‘O mal-estar na cultura (ou civilização)’ (FREUD, Sigmund)
29 - Discussão dos capítulos V a VIII de ‘O mal-estar na cultura (ou civilização)’ (FREUD, Sigmund)
               
Fevereiro

5 – Carnaval
12 - Discussão de SAROLDI, Nina. O mal-estar melhorou? A pertinência do livro hoje. In: O mal-estar na civilização. As obrigações do desejo na era da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p. 127 a 158
19 - Discussão de FANON, Frantz. O preto e a psicopatologia. In: Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 127 a 174. - Disponível em http://unegro.org.br/arquivos/arquivo_5043.pdf
26 – avaliação

Março

4 – FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes  (atenção: texto Aula de 19 de fevereiro de 1975).
11 -Discussão de FOUCAULT, Michel.  História da sexualidade – a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 21 a 49
18 – Discussão de FOUCAULT, Michel.  História da sexualidade – a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 53 a 71
25 – Sexta-feira Santa

Abril

1 - Discussão de PEIXOTO Jr. Carlos Augusto. A estética da existência e o cuidado de si. In: Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre clínica e cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras/PUC Rio, 2008, p 17 a 26
8 – avaliação
15 – Discussão de PEIXOTO Jr. Carlos Augusto. Sexualidades em devir. In: Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre clínica e cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras/PUC Rio, 2008, p. 113 a 133.
22 – Feriadão
29 - Discussão de Textos de Suely Rolnik Disponível em:
http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/Antropesquizoan.pdf
e http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/deleuze-esquizoanalista/


Maio

6 -  ARAN, Márcia e PEIXOTO JUNIOR, Carlos Augusto. Subversões do desejo: sobre gênero e subjetividade em Judith Butler. Cad. Pagu [online]. 2007, n.28, pp. 129-147.
13 - DERRIDA, Jacques e ROUDINESCO. Famílias desorganizadas. In: DERRIDA, Jacques e ROUDINESCO. De que amanhã...diálogo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, p. 48 a 62.
20 - entrega e apresentação de trabalhos finais conforme explicado em http://estudodasubjetividade.blogspot.com.br/2016/01/formas-de-avaliacao.html
27 – Feriadão

Junho

3 – entrega das notas e avaliação do semestre


Textos disponíveis em http://bit.ly/1aJdvxF