Pessoas, encontrei essa dissertação muito boa sobre as críticas de Deleuze ao Freud.
Para entender um pouco mais sobre a crítica de Deleuze ao modo como Freud pensou o sadismo e o masoquismo, leiam o segundo capítulo.
Link: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/11868/11868_1.PDF
O vídeo que vimos hoje em sala pode ser assistido em https://www.youtube.com/watch?v=I3hcXumYjUs
O performance de Diana Torres aqui na UFBA foi mais ou menos essa: https://vimeo.com/96643146
abrs
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Formas de avaliação
Olá pessoas
Conforme expliquei na aula de hoje (29 de janeiro), as nossas avaliações desse semestre serão assim:
"Provas" nos dias 26 de fevereiro e 8 de abril.
Essas duas provas, ao fim do bloco freudiano e ao fim do bloco foucaultiano, serão diferentes.
As questões serão divulgadas com pelo menos uma semana de antecedência e no dia marcado vocês devem comparecer na sala para responder as questões, sem consulta.
No dia 20 de maio vocês precisarão entregar e comentar um pouco sobre um trabalho que devem realizar. Vocês podem escolher esse trabalho entre as seguintes opções:
- Trabalho multiplicador: vocês escolhem de 3 a 4 temas discutidos no semestre e apresentam/explicam esses temas para pessoas do seu convívio. Depois devem escrever sobre o que elas disseram e fazer uma análise dessas reações e respostas. O texto é de tamanho e formato livre.
- Artigo: explique o referencial teórico trabalhado em sala e analise alguma questão específica das subjetividades. Pode ser uma análise de um filme, livro, situação, etc.
- Intervenção artística: produzir uma intervenção, realizar ela no IHAC e escrever um breve texto sobre a proposta e quais foram os seus objetivos.
As duas provas somarão até dez pontos.
O trabalho final contará até 8 pontos. Os dois pontos restantes serão concedidos pela participação em sala.
abrs, Leandro
Conforme expliquei na aula de hoje (29 de janeiro), as nossas avaliações desse semestre serão assim:
"Provas" nos dias 26 de fevereiro e 8 de abril.
Essas duas provas, ao fim do bloco freudiano e ao fim do bloco foucaultiano, serão diferentes.
As questões serão divulgadas com pelo menos uma semana de antecedência e no dia marcado vocês devem comparecer na sala para responder as questões, sem consulta.
No dia 20 de maio vocês precisarão entregar e comentar um pouco sobre um trabalho que devem realizar. Vocês podem escolher esse trabalho entre as seguintes opções:
- Trabalho multiplicador: vocês escolhem de 3 a 4 temas discutidos no semestre e apresentam/explicam esses temas para pessoas do seu convívio. Depois devem escrever sobre o que elas disseram e fazer uma análise dessas reações e respostas. O texto é de tamanho e formato livre.
- Artigo: explique o referencial teórico trabalhado em sala e analise alguma questão específica das subjetividades. Pode ser uma análise de um filme, livro, situação, etc.
- Intervenção artística: produzir uma intervenção, realizar ela no IHAC e escrever um breve texto sobre a proposta e quais foram os seus objetivos.
As duas provas somarão até dez pontos.
O trabalho final contará até 8 pontos. Os dois pontos restantes serão concedidos pela participação em sala.
abrs, Leandro
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
Culpas e regras
Culpas e regras
Contardo Calligaris
Assisti a "Carol", de Todd
Haynes. Cate Blanchett, no papel de Carol, foi indicada ao Oscar de melhor
atriz, e Rooney Mara, no papel de Therese, ao de melhor atriz coadjuvante.
O filme, aliás, recebeu seis indicações ao
Oscar 2016 –entre elas, melhor roteiro adaptado, do romance "The Price of
Salt" ("Carol", no Brasil), de Patricia Highsmith, de 1952.
Ao menos Rooney Mara deveria ganhar a
estatueta, mas talvez minha capacidade crítica seja comprometida pelo charme de
Therese. Enfim, vou evitar spoilers e ficar com as reflexões que alegraram meu
domingo, na saída do cinema.
1) "Carol" conta uma história de
amor entre duas mulheres. Não é a história de um amor "homossexual":
o encantamento recíproco de Carol e Therese não supõe que fossem ou sejam
homossexuais. Talvez elas venham a ser depois desse amor.
A história é escandalosa justamente por
isso. Não há como assistir tirando o corpo (ou a alma) fora, declarando que,
sei lá, "isso não vai acontecer comigo porque eu não sou
homossexual". O amor e o desejo são terrenos movediços: quase sempre, a
gente se encanta por outros do mesmo sexo dos que costumamos namorar, mas, em
"quase sempre", o acento é sobre o "quase".
2) Para discriminar, basta supor que a
peculiaridade do outro tenha algum tipo de "causa" –psíquica ou
física–, enquanto a conduta da gente não precisaria de causa alguma
(justamente, por não ser uma "peculiaridade").
A etiologia é o último bastião do
preconceito: como tem mais héteros que homos, então a homossexualidade deve ter
uma "causa". A heterossexualidade não precisa.
É uma discussão furada: "a"
homossexualidade e "a" heterossexualidade não existem; só há
singularidades sexuais, que todas têm causas variadas, nenhuma sendo mais
"natural" do que a outra.
3) Na época de Carol e Therese (anos
1950), em Nova York, um amor homossexual poderia ser considerado imoral por um
tribunal. Hoje, em tese, nossa Justiça fugiria desse tipo de apreciação, embora
ainda haja boa chance de um juiz ou uma juíza medir a sexualidade dos outros
com uma bitola –e que essa "medição" pese na hora de ele ou ela
julgar.
Mas, de certa forma, tanto faz. Regra sem
muita exceção: a repressão externa é quase impotente se ela não for sustentada
pela culpa interna.
Se eu não me culpo pelos desejos ou pelos
amores que sinto e que parecem "dissonantes", a lei ou os costumes
podem muito pouco na inibição do meu comportamento (amoroso e sexual, no caso).
No movimento gay entre os anos 1960 e os
1980, a estratégia de "coming out" (de se revelar ou se desmascarar)
não era tanto uma provocação contra uma sociedade repressora quanto uma
declaração pública para acabar com a culpa interna.
Sem a culpa interna e a vergonha que ela
produz, o poder de uma lei repressora é mínimo –ele acaba valendo apenas como
um exercício de força, sem autoridade simbólica.
A culpa, em suma, não é o efeito de nossas
transgressões da regra social. Ao contrário, a regra social aproveita a culpa
para poder se impor. Ou seja, a culpa interna é uma condição, não um efeito, da
repressão.
Em outras palavras ainda, minha culpa e
minha vergonha servem para instituir e sustentar a regra que parece (mas só
parece) motivá-las. Como em "O Processo", de Kafka: primeiro sinta-se
culpado, logo lhe diremos de quê.
Há os casos em que a culpa interna e a
repressão que ela permite são necessárias para o convívio social –por exemplo,
para que a gente não se mate em cada esquina. Mas, em geral, o que acontece é
que nossa neurose média nos leva a oferecer nossa culpa como um sacrifício aos
deuses da cidade, como se nós estivéssemos sempre pedindo: "Me reprimam,
por favor".
É isso, aliás, que confere um
extraordinário poder aos psicopatas entre nós –sejam eles assassinos ou meros
ladrões de galinhas. Nós nos sentimos culpados por fazer o que sequer é
proibido. E os psicopatas não sentem culpa sequer para fazer o que é proibido.
Continua valendo uma famosa frase de
Albert Camus em um encontro internacional de escritores, em 1948: "Vivemos
numa época em que os homens, empurrados por ideologias ferozes e medíocres,
acostumam-se a ter vergonha de tudo. Vergonha deles mesmos, vergonha de serem
felizes, de amar e de criar ("¦). Em suma, é preciso se sentir culpado.
Somos levados à força ao confessional laico, o pior de todos"
28
janeiro de 2016
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
Leitura complementar - religião em Freud
Pessoas
Um dos pontos centrais do livro Mal-estar na cultura trata sobre como Freud pensa a religião.
Para ver uma interessante crítica a Freud nesse quesito sugiro a leitura desse pequeno artigo
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0102-73952014000100009&script=sci_arttext
abrs
leandro
Um dos pontos centrais do livro Mal-estar na cultura trata sobre como Freud pensa a religião.
Para ver uma interessante crítica a Freud nesse quesito sugiro a leitura desse pequeno artigo
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0102-73952014000100009&script=sci_arttext
abrs
leandro
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Cronograma de atividades - 2015.2
Estudos das Subjetividades - 2015.2 – sextas à tarde (13h às
16h40) – sala 208 do PAF 3
Cronograma de atividades
Janeiro
15 - Apresentação do componente e apresentação de alguns
conceitos centrais dos estudos das subjetividades. Sugestão dos filmes Um
método perigoso e Cisne Negro
22 - Discussão dos capítulos I a IV de ‘O mal-estar na
cultura (ou civilização)’ (FREUD, Sigmund)
29 - Discussão dos capítulos V a VIII de ‘O mal-estar na
cultura (ou civilização)’ (FREUD, Sigmund)
Fevereiro
5 – Carnaval
12 - Discussão de SAROLDI, Nina. O mal-estar melhorou? A
pertinência do livro hoje. In: O mal-estar na civilização. As obrigações do
desejo na era da globalização. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011, p.
127 a 158
19 - Discussão de FANON, Frantz. O preto e a psicopatologia.
In: Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 2008, p. 127 a 174. - Disponível em http://unegro.org.br/arquivos/arquivo_5043.pdf
26 – avaliação
Março
4 – FOUCAULT, Michel. Os anormais. São Paulo: Martins
Fontes (atenção: texto Aula de 19 de fevereiro de 1975).
11 -Discussão de FOUCAULT, Michel. História da sexualidade – a vontade de saber.
Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 21 a 49
18 – Discussão de FOUCAULT, Michel. História da sexualidade – a vontade de saber.
Rio de Janeiro: Graal, 1988, p. 53 a 71
25 – Sexta-feira Santa
Abril
1 - Discussão de PEIXOTO Jr. Carlos Augusto. A estética da
existência e o cuidado de si. In: Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre
clínica e cultura. Rio de Janeiro, Editora 7 Letras/PUC Rio, 2008, p 17 a 26
8 – avaliação
15 – Discussão de PEIXOTO Jr. Carlos Augusto. Sexualidades
em devir. In: Singularidade e subjetivação. Ensaios sobre clínica e cultura.
Rio de Janeiro, Editora 7 Letras/PUC Rio, 2008, p. 113 a 133.
22 – Feriadão
29 - Discussão de Textos de Suely Rolnik Disponível em:
http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/Antropesquizoan.pdf
e http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/deleuze-esquizoanalista/
http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/Antropesquizoan.pdf
e http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/deleuze-esquizoanalista/
Maio
6 - ARAN, Márcia e
PEIXOTO JUNIOR, Carlos Augusto. Subversões do desejo: sobre gênero e
subjetividade em Judith Butler. Cad. Pagu [online]. 2007, n.28, pp. 129-147.
13 - DERRIDA, Jacques e ROUDINESCO. Famílias desorganizadas. In: DERRIDA, Jacques e ROUDINESCO. De que amanhã...diálogo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004, p. 48 a 62.
20 - entrega e apresentação de trabalhos finais conforme explicado em http://estudodasubjetividade.blogspot.com.br/2016/01/formas-de-avaliacao.html
27 – Feriadão
Junho
3 – entrega das notas e avaliação do semestre
Textos disponíveis em http://bit.ly/1aJdvxF
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