segunda-feira, 29 de novembro de 2010

avisos

pessoas

nessa semana entregaremos todos os trabalhos corrigidos

na quarta todos deverão apresentar os seus trabalhos. a parte escrita e as memórias foram corrigidas.

na quinta, entrego a parte escrita dos trabalhos e encerramos as apresentações também.

abrs

domingo, 7 de novembro de 2010

aviso urgente pessoal de quarta

oi pessoas, tudo bem?

na quarta-feira teremos aula. soube agora que poderemos usar a nossa sala.

a aula ficará apenas para orientação dos trabalhos

leiam mensagem anterior com algumas dicas

abrs e bom domingo

leandro

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Sobre os trabalhos finais

Oi pessoas, tudo bem?

Ontem comecei a orientação geral dos trabalhos finais do nosso componente e fiquei um pouco assustado com grau de preocupação e desenvolvimento dos trabalhos. Alguns alunos sequer sabiam sobre qual será o tema dos seus trabalhos.

Fico assustado com isso (ainda, apesar de anos de profissão), pois desde o primeiro dia de aula eu avisei sobre esse trabalho e postei isso no nosso blog.

Todos sabiam, ou deveriam saber, que, no final do semestre, vcs devem apresentar uma análise cuidadosa sobre algum mal-estar da atualidade.

Mas vamos em frente, tentem recuperar o tempo perdido.

Na tentativa de ajudar, seguem algumas dicas metodológicas.

1) não basta ter apenas um tema geral para o trabalho, é preciso recortar o objeto: o que é isso? por exemplo: quero analisar o consumo de drogas, disse um aluno. O que seria um recorte para esse tema? é só fazer perguntas do tipo: vai analisar o consumo de qual tipo de droga? maconha, crack, álcool, anfetaminas?
vai analisar o consumo feito por quem? estudantes, moradores de rua, empresários, frequentadores de uma rave?

2) definido o recorte do trabalho, vc precisa criar os objetivos do trabalho: o que pretende descobrir nesse trabalho? o que pretende analisar? o que pretende concluir? quais são as suas hipóteses (ou hipótese) sobre o trabalho? Depois, na conclusão, o trabalho deverá dizer se as hipóteses e objetivos foram ou não comprovados e alcançados.

3) depois de definir o tema, recorte e objetivos, é hora de definir qual a metodologia que vc vai utilizar para tentar alcançar os objetivos. Ou seja, que caminho vc vai trilhar, que estratégias/métodos vai usar para realizar o trabalho proposto?
vai entrevistar pessoas (no caso consumidoras de drogas)? como serão essas entrevistas (em profundidade com poucas pessoas, rápidas com várias pessoas, com perguntas previamente definidas ou não)?.
além das entrevistas, vai ser também pesquisador participante (aquele que não só entrevista mais observa as pessoas - nesse caso - do seu objeto?
vai fazer um pequeno levantamento bibliográfico sobre o que outros pesquisadores já fizeram? (Todos devem fazer isso, pelo menos um pouco, por isso sugeri usar o sistema scielo de revistas acadêmicas na rede. Aqui é fundamental tentar usar o máximo possível dos textos e discussões realizadas durante o semestre em nosso componente).
Vai analisar algum produto artístico ou da indústria cultural que trata dessa questão do seu objeto?

Feito isso, é hora de se jogar no trabalho e depois produzir o texto final a ser entregue conforme nosso calendário.

Os trabalhos podem ser feitos em dupla ou individualmente.

O texto final vale até 8 pontos e a apresentação em sala vale até 2 pontos.

Não existe tamanho máximo ou mínimo para o texto final mas, apenas para explicar o seu tema (introdução), objetivos e metodologia, certamente, qualquer um já gasta algumas páginas, certo?

Na próxima quarta, dia 10, estarei em sala APENAS para orientar os trabalhos. Caso não pudermos usar a sala, podemos fazer isso no hall de entrada do IHAC. Os alunos de quinta também podem vir para solucionar dúvidas.

Os trabalhos prontos devem ser entregues dia 18 de novembro (alunos de quinta) e dia 24 de novembro (alunos de quarta). No dia de entrega o aluno deve apresentar os trabalhos para os colegas, que debaterão os trabalhos também.

Dúvidas também podem ser solucionadas através de e-mail: leandro.colling@gmail.com

Um abraço e ao trabalho.

Leandro

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

video maria rita

pessoas

eis o vídeo da maria rita kehl que veremos e discutiremos: http://www.cpflcultura.com.br/site/2009/12/02/integra-aceleracao-e-depressao-maria-rita-kehl/

Novo cronograma de quintas

Conforme coloquei no quadro na aula passada, eis o novo cronograma das aulas de quinta-feira

Novembro
4 - exibição e discussão do vídeo de Maria Rita Kehl, entrega das memória e acompanhamento/orientação dos trabalhos
11 - não teremos aula em função do uso do prédio pelo seminário de pesquisa da UFBA
18 - apresentação dos trabalhos
25 - sem aula, Leandro e Tess estarão no congresso da Abeh, em Natal

Dezembro
2 - entrega das notas e avaliação do semestre
9 - prova final

Na Folha de S. Paulo de hoje - tem o mesmo assunto no Correio e de hoje

São Paulo, quinta-feira, 04 de novembro de 2010 
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Laerte está nuDesde 2009, o cartunista resolveu se vestir e se maquiar como mulher; amigos fingem que nada mudou 

Carlos Cecconello/Folhapress
Laerte Coutinho, 59, em entrevista para a Folha, na segunda-feira

IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO 

Exatamente como na fábula do rei nu, Laerte anda por aí, todos percebem que há algo estranho (errado? diferente? bizarro?) com sua roupa, mas ninguém se manifesta.
Pela frente, ninguém fala nada. Quando ele(a) vira as costas, porém, os amigos e conhecidos se entreolham estarrecidos. "Será que endoidou?", se perguntam.
Mas, diferentemente do rei, Laerte não está nu. Está vestido de mulher.
Quase sexagenário, o cartunista da Folha Laerte Coutinho decidiu dar vazão à sua feminilidade.
No feriado, um amigo antigo foi à sua casa, no Butantã. "Eu estava de saia. E olha que não era uma saia austera, como uma jeans (risos)."
"Era uma saia indiana, cheia de babadinhos. Eu tinha acabado de fazer a unha. Ficamos conversando. Acho que ele não é uma pessoa que se incomoda com isso, mas talvez tivesse uma pergunta presa na garganta."
E que pergunta era essa, Laerte? "Acho que era: "Será que ele está batendo bem?". Pois estou sim. Estou no completo controle de minhas faculdades mentais."

Laerte parte II

Acho possível sair na rua e ser aceita dessa maneira

CARTUNISTA EXPLICA QUE SEMPRE TEVE VONTADE DE SE VESTIR COMO MULHER E QUE O PRAZER "É VOCÊ ESTAR LIVRE DOS CÓDIGOS"

DE SÃO PAULO

De salto médio, meias coloridas, maquiagem leve e namorada a tiracolo, Laerte chega para dar entrevista à Folha sobre seu novo estilo de vida. Confira. (IVAN FINOTTI)

Folha - Diversas possibilidades para a mudança do seu estilo de vida passam pela cabeça. A primeira delas é que você pirou, um processo que teria começado em 2005, com a morte de seu filho num acidente de carro, passou pelas tiras da Ilustrada, cada vez mais estranhas, e agora isso. Você está louco, Laerte? Laerte Coutinho - Eu não me sinto fora do eixo, fora do tom, fora de nada. Comecei a me aproximar do travestimento, ou "cross-dressing", em 2004. Interrompi -e a morte de meu filho tem um peso nisso- e retomei em 2009. Fiz a minha primeira montagem em 2009. Mas as coisas que se evidenciaram [em meu trabalho] a partir de 2005 já estavam ali, latentes, germinando em 2004.
Uma segunda possibilidade é que você se veste porque isso dá tesão.Não, não é um fetiche sexual. Não é, nem é um tema que me interessa agora. O travestimento é uma questão de gênero, não de sexo. São coisas independentes, autônomas, que nem o executivo e o legislativo. É um erro fazer essa mistura. "Ah, está vestido de mulher, então é viado." "Jogou bola, é macho." E eu que gostava de costurar e de jogar bola?
O que tenho feito é investigar essa parte de gênero. O que tenho descoberto é que isso é muito arraigado, essa cultura binária, essa divisão do mundo entre mulheres e homens é um dogma muito forte. Não se rompe isso facilmente. desafiar esses códigos perturba todo o ambiente ao redor de você.
Mas você é bissexual, certo?Sou.
E não há ligação entre isso e o "cross-dressing"?Não.
Você está fazendo isso para espantar o tédio?Não faço isso porque a vida está sem graça. O problema é a vida submetida a essa ditadura dos gêneros, a esses tabus que não podem ser quebrados. É você sentir que sua liberdade está sendo tolhida, que as possibilidades infinitas que você tem de expressão na vida, ao sair, ao se vestir, ao se manifestar, ao tratar as pessoas, seu modo, seu gestual, sua fala, tudo isso é cerceado e limitado por códigos muito fortes e muito restritos. Isso é uma coisa que me incomoda.
As pessoas aparentam normalidade e tentam não demonstrar um espanto, certo?Por uma razão: se demonstram espanto, estão ferindo um código de boa conduta intelectual. Demonstram que não são modernos, por exemplo.
E na rua?Quando eu estou na rua de saia e passa uma kombi e o cara faz "fiu-fiu" pra mim, ele não teve dificuldade nenhuma em fazer aquilo. E eu também recebo de forma muito clara.
Você dá pistas de que vai estar travestido quando vai encontrar uma pessoa que ainda não sabe?Existe uma tática, um modo de preparar um pouco. Vou na casa de uma pessoa que não conheço, não vou totalmente montado. Questão de bom senso.
Mas você pode ir de homem?Estou abolindo esses negócios.
Você pode ir sem maquiagem?Eu estou sem maquiagem. Ops, ah, não, estou com olho pintado! Mas posso, sim, ir sem maquiagem.
Como foi o Natal em família? Com vestido?Não, não. Só unha mesmo. Não estava nem de bolsa. Acho que foi mais mãos mesmo. Rolou um certo estranhamento com o cabelo. Esse corte feminino, feito pela [minha namorada] Tuca.
Avisou de alguma forma para se prepararem?Não, fui na louca.
E o Angeli? Você já encontrou o Angeli?Eu estou dando pra ele! (risos)
Ele vai adorar ler isso!(Risos) Brincadeira. O Angeli é uma beleza. Achou superlegal. O Angeli é um exemplo de que uma pessoa pode ser completamente hétero e legal.
Como você explica isso para as pessoas?É como se a vida tivesse me levado a essa circunstância e, quando eu me vi, percebi que aquilo representava uma busca pra mim. Foi mais ou menos isso que senti. Quando vi, comecei a fazer tiras do Hugo virando a Muriel.
O lema do Brazilian Crossdresser Club, do qual você faz parte, é "existimos pelo prazer de ser mulher". Que prazer é esse, Laerte?Eu não concordo muito com esse lema, porque é uma frase que procura construir uma certa fantasia que eu não partilho. Eu não vou ser mulher nunca. Mas acho que é possível sair na rua e ser aceita como uma pessoa que se veste daquela maneira, que se enfeita e se produz e se apresenta daquela maneira.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Um pouco mais sobre a atualidade e as depressões



Quem tiver interesse em se aprofundar um pouco mais na discussão sobre a depressão na contemporaneidade e conhecer a obra de Maria Rita Kehl, psicanalista que ministra a palestra que assistiremos essa semana - Aceleração e Depressão -, pode começar lendo uma resenha de um de seus livros mais recentes: "O tempo e o cão - a atualidade das depressões (2009).